Foto retirada do blogue http://avenida-dos-aliados-porto.blogspot.com/
Tendo como pano de fundo as obras das Cardosas, a Menina Nua - Obra do Escultor Henrique Moreira em 1929 - e a Estátua de D. Pedro IV, que um dos famosos autores do novo espaço não percebia porque raio tinha de estar de cu para a Câmara e por isso queria mudá-la. Ignorância de quem não sabe história.
Alguém lhe deve ter dito que esta posição voltada para sul tem duas razões: A afronta ao absolutismo lisboeta, representado pelo irmão D. Miguel e a luminosidade solar. Admira-me que um arquitecto tenha feito uma observação tão estúpida, porque é uso pelo menos em toda a Europa praticar-se esta posição. Embora à noite, esteja totalmente às escuras. Como escuro é todo este espaço, valendo-lhe as luzes dos edifícios do Banco de Portugal e da Caixa (o antigo BNU). Pobre D. Pedro, provàvelmente um dia, o povo vai fazer uma nova subscrição desta vez para te alumiar.
A Estátua foi paga em grande parte por subscrição pública e foi construída para comemorar o 30º aniversário do desembarque das tropas liberais. É da autoria do francês Calmels e foi fundida em Bruxelas.
Foi colocada a primeira pedra do pedestal em meados de 1862 na Praça, então chamada Nova, posteriormente de D. Pedro e hoje é da Liberdade. A inauguração deu-se em 19 de Outubro de 1866, com a presença do seu neto D. Luíz I.
Para amenisar a feieza do "chão", os topos de alguns edifícios ao longo da Praça/Avenida são de uma beleza extraordinária. Eu o digo e escrevo. Se ninguém concordar, está no seu direito.
A Torre da Câmara também está incluída, embora o céu estivesse da sua cor. Tem 70 metros de altura.
A Abundância e os Meninos, também da autoria de Henrique Moreira, de 1931
A Menina Nua - A Juventude - e a Câmara lá ao fundo. O edifício foi projectado pelo Arq.Correia da Silva, com alterações posteriores do Arq. Carlos Ramos e começou a ser construído em 1920, ficando operacional apenas em 1957. É uma obra da Cooperativa dos Pedreiros, que andaram a trabalhar de "borla" durante muito tempo. Li isto no site da Coop, há algum tempo. A fachada é de granito retirado das pedreiras de S. Gens e Fafe no início do séc. XX e é decorada com uma dúzia de esculturas, da autoria de José Sousa Caldas e Henrique Moreira representando as várias actividades ligadas desde sempre ao Porto, como a viticultura, a industria e a navegação. Os interiores são em mármore e granito, ricamente decorados. Este texto recolhi-o na Wikipédia.
Lá no fundo, estará a Estátua de Garrett, (?) sempre escondida por qualquer coisa. Sim, porque estes espaços foram criados não para o Povo, contràriamente ao que prometeu Rui Rio, mas para dar dinheiro. E mainada. Quem não estiver de acordo que vá dar banho ao cão, lá no lago.
Mais alguns pormenores de edifícios
Jorge
ResponderEliminarTambém lamento, meu Caro, que a Calçada Portuguesa se tenha ido pelos "famosos" do nosso tempo.
Na verdade, o que mais se "vê" são notáveis pela substituição do Histórico, do Tradicional, do que diz algo ao Povo; pela negativa, enaltecem os seus egos e vão entregando Portugal, cada dia mais descaracterizado a um neo-País chamado Europa.
D. Pedro?
Quase me atrevo a dizer que desconhecem quem foi.
Garret? Para quê?
Como há dias se falou, nem os bancos da Avenida, onde nos sentávamos a dar milho ás pombas, escaparam, para que as gentes nem sequer pudessem parar a olhar e admirar (ou espantar) tudo quanto tem sido criado em nome da modernidade.
Afinal, até é assim que se tratam os mais antigos e idosos deste Porto, deste País?
Não há que espantar!!!...
Recebi o link desta página por e-mail. Resolvi entrar e precisei de reler várias vezes a data para ter a certeza de que não estava a ler mal. Era verdade, 28 de Agosto de 2010. Os texto «por aí» escritos, não fazem sentido hoje (nem ontem).
ResponderEliminarQuanto às imagens, benza-as Deus, não retratam a constante "beleza" dos buracos que a calçada tinha e que todos os dias haviam pessoas a torcer pés e/ou caírem. Mas, também não é fácil encontram fotografias documentando os «desenhos únicos» (de únicos tinham muito pouco ou nada. Utilizavam moldes em madeira e eram utilizados pelos passeios de Portugal e não só). Esta falta de fotografias devesse ao facto de que ninguém -excepto as vítimas dos buracos - admirava esse desenhos, nem os fotógrafos.
Mais que os novos passeios, enegrece bastante mais a «sala de visitas» quem passa lá os dias sem nada fazer (vivendo, quem sabe, de quê).
São pessoa como você que o Porto será sempre "província".
Conclusão: A obra do Dr. Rui Rio é tão basta que, para o denegrirem, necessitam destas mesquinhices.
Já agora recordo ao sr.Oliveira que na Avenidas dos Aliados existam oito bancos de quatro pessoas e que dar «milho às pombas» é alimentar a destruição do património arquitectónico, na 'Avenida' ou em qualquer "conto" do mundo. Mais, os idosos devem ter actividades físicas e intelectuais!
Santa ignorância. Não é portuense, com certeza. Se pactua com estes atentados ao património..
EliminarTá por aí um Avlis com dores. Provàvelmente nunca passou pela Avenida para saber que lá no centro existiam bancos. Realmente dar milho às pombas é crime. Também as preferia no prato com ervilhas. Talvez o ou a Avlis deva lembrar ao Rui Rio para alugar a avenida ou uma das praças a um stand de tiro aos pombos, já que agora abriu a caça. Era mais um dinheirito que entrava. Sempre deixava ao seu sucessor algum para a continuidade do circuito dos automóveis. Passei anos seguidos por aqueles(estes espaços) e nunca caí nos buracos. Mas se existiam e admito que sim, que fazia o pessoal do pelouro das obras que não podia colocar as pedrinhas no sítio. Este ou esta Avlis não sabe que, por exemplo, os passeios em Santa Catarina estão com a Calçada Portuguesa ? E porque será que isso acontece ? E já agora ou Avlis, nada a dizer sobre os jardins ? E quem passa o dia na Sala de visitas, ou Avlis ? Será que és mesmo de cá ou vieste na enchurrada ? Aquilo dá algum gozo ? Só os turistas estão por lá a apanhar o bronze e banhar-se no lago. Como o cão.
ResponderEliminarJá agora, o Avlis, enumera aqui, para o pessoal saber, qual a "bastidão" da obra do Dr. Rui Rio.
Apoio incondicionalmente relativamente a qualquer inciativa que vise criticar muito asperamente o Dr. Rui Rio,que por certo se entusiasmou perante a existência de uma obra ( que porcaria de obra !!!!!!! )da autoria dos Arq. Siza Vieira e Souto Moura. Se fôsse um qualquer com um nome não sonante por certo que o projecto teria sido
ResponderEliminarreprovado. Assim, ficamos com aquela grande porcaria quando tinhamos uma maravilha para deliciar os nossos olhos.
A única esperança é de que venha a aparecer um novo Presidente que mande destruir.
Muitas outras já foram feitas nesta nossa cidade com o beneplácito dos Presidentes da Câmara. É sina nossa.
Artur Mário Lemos