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quarta-feira, 16 de maio de 2012

128 - Gabinete de Numismática

É um dos Núcleos Muselógicos do Museu da Cidade do Porto. Este, em si, não existe. Foi uma ideia de Manuela Melo, vereadora da Câmara do Porto, que nunca foi avante. Por falta de verbas ou por outras coisitas. Ficamos assim com vários Núcleos Museológicos.
Instalado no Palacete dos Viscondes de Balsemão, em Carlos Alberto, desde 2009, vindo da Casa Tait onde esteve desde Dezembro de 1988.
É uma colecção iniciada em 1850, depois de  adquirida a colecção particular de João Allen (1781-1848).  Esteve no chamado Museu Municipal do Porto, (inaugurado em 1852) na Rua da Restauração, na casa de Allen, comprada pela Câmara bem como o espólio do coleccionador.
Transferido para o depósito da Biblioteca Municipal do Porto em 1905 permaneceu aí até 1937, seguindo depois para o Museu Nacional Soares dos Reis por decreto do governo desse ano, sendo o Museu inaugurado em 1942. Retornou à posse da Câmara em 1988.
Conta actualmente com uma das maiores colecções de numismática de Portugal, representando um papel fundamental no estudo da numária grega, romana, hispânica, árabe e portuguesa.
Estão representadas moedas das várias emissões efectuadas ao longo dos séculos não só para os territórios africanos, como também para o Brasil, Timor, Açores e Madeira.
Conhecemos também a história das várias Casas da Moeda do País.
As colecções integram moedas, medalhas, condecorações, apólices, cédulas, notas bancárias, cunhos de medalhas e chapas de impressão de notas bancárias.  
A figura de um cunhador de moedas está também representada.

127 - O Aljube e Exposições

Sou um visitante relativamente assíduo do Edifício do antigo Tribunal da Relação e do Aljube do Porto, na Cordoaria, e actual sede do Centro Português de Fotografia.
Uma das razões que lá me levam, são as exposições que periodicamente exibem. Para além do Museu e a exposição permanente sobre a Fotografia e a relação com os detidos.
De entre as quatro exposições que estavam em exibição no dia da minha última visita (uma delas já terminou) destaco duas:

 Uma, sobre as Mulheres de Camilo, aberta até 24 de Junho.
Opções de vida e obra do grande autor, discutíveis mas sempre assumidas.
Foi neste edifício, na cela S. João, que Camilo esteve preso devido aos seus amores "ilícitos" com Ana Plácido, sendo ela também aqui prisioneira. Na exposição, pode-se ver a capa da primeira edição do Amor de Perdição, escrito na sua cela.
A exposição retrata as nove mulheres que mais marcaram a personalidade de Camilo, lê-se no folheto distribuído.

Mas o mote é Ana Plácido, a mulher que mais tempo passou junto a Camilo e que reuniu o que todas as outras foram para ele.
 Sua mãe, também lembrada, que o deixou órfão muito cedo.
Texto do folheto é da autoria de Maria de Lourdes Ferraz in Mulheres de Camilo.

A outra exposição tem o título E Ainda Vejo os Seus Rostos, Fotografias de Judeus Polacos.
Está aberta até 3 de Junho.
É uma exposição itinerante vista em várias Cidades do Mundo.
Tudo começou com um apelo de Golda Tencer em 1994, (actriz, directora da Fundação Shalon, nasceu em Lodz, na Polónia.) - ( esta parte é de minha iniciativa. Se estiver errado é defeito da compreensão da tradução) - pedindo fotos de judeus polacos. Chegadas não só da Polónia mas de todo o Mundo, foram já mais de 9.000  as fotos recebidas.










As Enxovias à volta do Pátio dos Presos acolhe esta magnífica exposição fotográfica. Legendada em Português e Espanhol. Inclui uma passagem de slides e musica de autores Judeus. Não sei se Polacos.

Para além das Exposições e do Museu da Fotografia (fabuloso), recomendo uma visita a este edifício. Podem ler alguns pormenores no meu escrito nº 69.