Em 1457, o mosteiro foi concluído. Tal deveu-se a um pedido das freiras franciscanas clarissas que pretendiam substituir o mosteiro anterior, do séc. XIII, mais pequeno e modesto.
Segundo me foi contado, a construção acabou por não ter custos, pois as freiras fizeram um contrato com o construtor: As obras só seriam pagas se o prazo fosse cumprido. Como não foi...
Freiras espertas, digo eu. Se hoje se seguisse esta ordem, nenhuma das obras feitas em Portugal custariam os nossos impostos.
Mas sigamos com a história.
Com a supressão de vários mosteiros mais pequenos nas diversas localidades do País, entre o séc. XV e o séc. XVI, as freiras foram-se agregando em Santa Clara levando para lá as suas rendas, (leia-se impostos cobrados) sendo uma delas uma portagem por todas as mercadorias que passavam pelo Rio Douro. Que lucros fabulosos, digo eu.
No finais do séc. XIX, com a morte da última freira, o mosteiro foi extinto o que causou alguma degradação do edifício.
As ruínas, vistas do lado dos Guindais, nos princípios do séc. XX.
(as Muralhas Fernandinas estão em grande plano)






A sacristia e todo o interior, incluindo o piso superior pertencente ao convento, de onde as freiras assistiam, através de janelas gradeadas, aos rituais religiosos, está interdito a visitas. Presumo que está totalmente degradado.




É certo que está num parque de estacionamento, presumo que exclusivo para o pessoal que trabalha naquele local. Mas mesmo assim não ficava mal se estivesse mais bonitinho. É que está na passagem de quem vai passear pelas Muralhas.
Um aparte: A igreja não tem exposto os horários de visitas. Se estiver fechada provàvelmente a senhora (empregada de limpeza, cicerone, ajudanta do padre) foi lanchar. Dêem a volta por trás, entrem no centro social e perguntem.
Sobre fazer fotos, a coisa piorou. O Sr. Padre acha que alguém está a ganhar dinheiro.
Eu não, podem ter a certeza. Por gentileza da senhora e porque já sou conhecido da casa, fiz estas três interiores.
Vi turistas franceses tristes, sem poderem levar uma recordação. Para além do tempo de espera para visitar a Igreja. São coisas à pior moda do Porto.