Pesquisar

domingo, 7 de junho de 2015

219 - Restauros e não só

Como me escreveu em tempos a minha amiga Lucineide Brito, oxalá um dia mostres os restauros da tua Cidade.
Aproveitei o comentário para dar o título a esta crónica e mostrar dois restauros que por causa deles andava desde há muito a dar cabo da cabeça aos Presidentes da Câmara para conseguirem uma solução.
Vamos às imagens:
A Fonte da Avenida Montevideu
Esteve abandonada e meio arruinada durante anos. A primeira vez que escrevi sobre a ruína foi em Julho 2007. Não acredito que quem destruiu a Avenida dos Aliados, vendeu Palácios, trouxe Aviões e Automóveis antigos à Cidade, não tenha tido nos cofres uns miseráveis Euros para restaurar a fonte e pô-la a jorrar uns esguichos de água. Um Boata-abaixo ao ex- Presidente Rui Rio. 
Fiquei feliz ao ver por casualidade há dias uma foto da Fonte a "trabalhar". Não descansei enquanto a não fui ver e lembrar-me dos meus tempos de menino que levado pelas mãos do meu pai passeava pelos Jardins da Foz. Parabéns ao Presidente Rui Moreita e um Boata-acima para ele.
 A fonte foi construída em 1931 desenhada pelo arquitecto Manuel Marques (Avintes,1890-1956) e parece que se destinava à Avenida dos Aliados. 
 A volumetria seria grande e foi aconselhada à cidade um local para ela. Em boa hora.
Velhos tempos...

Outra consolação foi ver o edifício fantasma que foi dos STCP , construído em 1912 a acabar de recuperar

Esta placa não é a primitiva. Fui ao longo dos últimos anos "botando" abaixo dos executivos camarários que desleixaram nesta "coisa". O Parque Ocidental da Cidade vem aqui dar e era uma vergonha depararmo-nos com a ruína e seus arredores.
O edifício em 1988 foi cedido pelos STCP ao Colégio Luso Internacional do Porto que após obras de recuperação funcionou entre 1989 e 1998. Em 1990 foi vendido à Câmara do Porto e demorou 25 anos a resolver um destino.
Não gosto da cor. Visto o edifício do Castelo do Queijo inserido no local é francamente aberrante ao olhar. Mas gostos são gostos e a Urbanização e a Cultura e o Ambiente Municipais estão lá, não é verdade ?
Na altura desta foto, em 1988 ou 89, estava o edifício a ser restaurado para o Colégio. Toda a frente está agora ligada ao mar e as traseiras ao Parque Ocidental da Cidade.

 Praça de Gonçalves Zarco e Estátua de D. João VI.
Tem cabimento nesta página a recordação desta Praça e da Estátua ? Tem sim, senhores e senhoras. Passo a explicar: O primeiro ponto tem a ver com o meu querido amigo Eduardo Campos que levantou a questão desta estátua ser uma réplica da que foi oferecida à Cidade do Rio de Janeiro aquando dos 400 anos da sua Fundação e ficando situada no antigo local onde desembarcou a família real em 7 de Março de 1808, fugidos às Invasões Francesas. O local chamava-se Largo do Paço ou Rossio do Carmo. Foi inaugurada em 10 de Junho de 1965, precisamente no Dia de Camões, chamado outrora da Raça.
No Rio de Janeiro, a Estátua na chamada actualmente Praça de 15 de Novembro, se não erro.
Pois bem, eu cheio de dúvidas fui pesquisar e tenho de dar toda a razão ao meu amigo. A do Rio de Janeiro é em bronze aproveitado de canhões antigos. A do Porto é em latão e foi inaugurada em 1966. 
Por curiosidade diga-se que o Cavalo do Rei é um Lusitano de Altér-do-Chão de onde os invasores franceses roubaram 581. Só desta Cudelaria. Para o Brasil foram levados vários Cavalos Lusitanos de Altér, e um deles ofertado pelo Rei a um fazendeiro de Minas. Cruzados com as raças ibéricas já existentes desde o século XVI também levadas para o Brasil, creio que eram já os famosos Marchadores originou os Sublimes. Posteriormente alguns foram trazidos para próximo da corte no Rio e passaram a ser chamados de Mangalarga devido ao nome da Fazenda, no Paty do Alferes, hoje uma Pousada, onde foram desenvolvidos. Vários sites com histórias cruzadas, de fazendas particulares e reais, nome das raças, etc. Adiante.
Agora a nossa Estátua. 
A Praça Gonçalves Zarco, como todas ou quase as Praças e Avenidas eram floridas. Um dia, um Presidente inteligente (não sei qual foi mas sei que foi em finais do séc. XX ou já em princípios do XXI) resolveu acabar com a Praça e fazer um parque subterrâneo para automóveis. Que deu imensos problemas. Como resultado o pedestal - não o primitivo mas um novo - foi rebaixado juntamente com a Estátua e dá-nos a impressão visto de alguns ângulos que o cavaleiro está em cima dos autocarros. Um vergonha de projecto. E sem jardim.

 O Terminal de Paquetes de Cruzeiros do Porto de Leixões
Querem acabar com o único Porto do País que se renova, amplia, mais  produtivo e mais dinheiro faz ganhar ao nosso Estado Lisboeta. Muitas lutas para tentarem levar para o centralismo mais um bem do Norte para encobrir a bancarrota sulista. 
Dentro de breves dias será inaugurado (se o não foi já)  o novo terminal, do lado esquerdo das fotos, da autoria do arquitecto Luís Pedro Silva.
Custou 5 vezes menos do que a Casa da Música; Matosinhos e a Região vão agradecer. E os centralistas também, pois claro.


Esta imagem é só para recordar os velhos e velhas camaradas do Clube da Praia do Castelo do Queijo. Um abraço para eles e elas.

Como se depreende, algumas fotos foram roubadas assim como a pesquisa de textos. A Estátua no Rio é da Wikipédia; Os textos sobre os Cavalos Lusitanos versus Mangalarga apanhei-os em vários sites: Cavalonet. pt., Marchador br.; Mangalarga e claro, socorri-me do meu amigo Gabriel doportoenaosó.blogspot.pt para aprender, roubar textos e fotos.