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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

89 - Porto, Igreja de Santo Ildefonso, outra parte

A casualidade é uma constante da vida. Passeava por Santa Catarina em direcção à Batalha com uns amigos quando resolvemos entrar na Igreja de Santo Ildefonso. Tinha lá estado há pouco tempo e  sobre ela escrevi e mostrei fotos em 20 de Maio na postagem 75.

Fiquei surpreendido pois encontrava-se aberta uma porta lateral. A curiosidade leva-nos a conhecer novas coisas.
Encontramos uma pequena exposição com raridades antigas. Com destaque para um arco em talha, que provàvelmente terá rematado um cruzeiro ou altar. Acho eu.. Nada o identifica, nem a sua origem
Duas imagens o ladeiam. Umas belezas.
Um livro de contas.

Uma lindíssima fonte descobrimos
E este Cristo, lavrado em pedra num pedestal do mesmo material.

Não há qualquer informação sobre as peças atrás descritas. Mas havia a informação que estão em exposição Orgãos em algumas igrejas da Cidade. Mas porque será que nunca sabemos quando a cultura está aberta a todos ? Ou serei eu que ando distraído. Bom já eramos três distraídos. E francamente, esqueci de registar quais as Igrejas em que os podemos ver de perto e saber da sua história. Mea culpa.
Subindo umas íngremes escadas, chegamos ao coro onde se pode visualizar a Igreja como nunca a tinha visto. E logo bem próximo o Vitral alusivo à Transfiguração. Obra do Prof. Isolino Vaz, de 1967.
Pormenores do tecto que foi no seu passado um rico trabalho cromático a ouro puro, mais tarde recoberto a cal. Porquê ?
Vista de cima, a Capela Mor e duas das estátuas dos apóstolos - outras duas encontram-se nos outros cantos da Igreja e que substituíram no início do séc. XX painéis pintados com as figuras dos quatro doutores da Igreja. O arco cruzeiro está encimado por talha de 1950 e uma imagem de Jesus Cristo.
As laterais onde se encontram duas imponentes telas que quási não se definem. As molduras são recamadas a ouro, pintadas a castanho no princípio do séc. XX. Esperam restauro.
E olhamos então para o Orgão, que não sei se funciona, pois li em tempos necessitar de restauro. É do séc. XIX.
Uma visita em que me excedi no falar alto, típico de quem é meio surdo e asmático, mas também pelo entusiasmo com que tentei dar a conhecer aos meus amigos o pouco do que li e aprendi sobre a Igreja. Valeu-me um grande raspanete, dito com cortesia, (e com toda a razão) pelo senhor que anteriormente me abriu as portas para ver as cruzes que estão no exterior que vieram da Colina do Bonjardim. Há 2 séculos.