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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

203 - Papelarias e Livrarias do Porto

Ainda perduram na Cidade do Porto alguns destes "velhos" estabelecimentos comerciais que trazem à memória recordações antigas.
No início da Rua de Santa Catarina, a Livraria Latina é uma delas. A fachada do velho edifício foi transformada e a Livraria inaugurada em 1942.
 Henrique Perdigão, avô, foi o fundador. Morreu durante uma viagem ao Brasil em 1944 sucedendo-lhe o filho Mário, o neto Henrique e hoje, presumo, faz parte do Grupo Português Leya.
A Latina foi a primeira empresa em Portugal a criar um concurso literário com o prémio de 3 mil escudos. Foi seu vencedor o Professor Hermano Saraiva.
Camões é o seu patrono, com busto esculpido na esquina da casa da autoria de António Cruz, um extraordinário aguarelista "da Cidade" a quem Manoel de Oliveira dedicou um filme. Aos amigos interessados recomendo vivamente a visualização do pequeno filme. Aqui fica a página onde pode ser visto. 
http://youtu.be/zHf7rUhUPOw
Um pormenor do interior.

Papelaria e Tipografia Progresso: Tanto quanto me lembro, encontrava-se a loja na Rua de Santa Catarina, onde está agora uma casa de meias.
Desde há alguns anos passou a entrada para a Rua de António Pedro, antiga Travessa do Grande Hotel .
Em grande destaque continua a caneta Pelikano, que me lembro de ver a meio da loja da casa antiga.
Não encontrei referências antigas nem fotos que pudessem acompanhar a biografia da Casa.

Papelaria Modelo: No Largo dos Loios desde 1921, embora me pareça que inicialmente teve outro nome.


Mantém os mobiliários antigos, tanto quanto me foi possível reconhecer.

Lamento a atitude pouco cortês que tiveram quando há bem pouco tempo levei uns amigos brasileiros de visita ao Porto, arquitectos que já trabalharam em Portugal, para adquirirem artigos.
Faltavam 10 minutos para o fecho (19 horas ?) e recebi uma resposta e um olhar pouco dignos de profissionais de atendimento ao público.
Não sei se os meus amigos deram fé; se sim, elegantemente ignoraram.

Contrariamente, tenho de realçar as gentilezas recebidas quer na Latina quer na Progresso.

Há largos anos afastado dos papeis e das tintas, é sempre um prazer entrar nestes estabelecimentos que tantas vezes frequentei e ainda sentir os seus cheiros.

Já dediquei algumas páginas a várias livrarias e papelarias. Lamento não poder trazer lembranças das encerradas Papélia, Azevedo e algumas outras. Mas a seguir vem a Sousa Ribeiro, que merece destaque.