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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

179 - Crónica de uma tarde com saudades

Quatro finalidades quatro, levaram-me ontem ao centro do meu Porto.
1. Comprar medicamentos. 
2. Aproveitar e medir as tensões e pulsações. O que me deixou semi-alarmado.
3. Comprar remédio para o frio, que sempre é mais barato nas mercearias tradicionais do que nos hiperes à minha porta. Leia-se Bagaço.
4. Experimentar a máquina do Zé Catió.

Praça D. João I. Ao centro, o mercado de artesanato.
Enquanto esperava a vez de ser aviado na Farmácia, tinha 10 clientes à frente, fui caminhando por ali próximo e batendo umas chapas para ver como era. Bem mexo na máquina, mas é coisa que não é para a minha mão. Altas tecnologias, de peso muito leve, enfim, bem diz o Zé que também não sabe tocar naquilo.
Desde a Loja do Dragão para a Sé
Com zoom's ela abre a luz. Normal, é uma escuridão danada. O defeito deve ser meu. Mas depois de me aviar na Farmácia, dei umas voltas.
Como tinha de ir buscar o outro remédio em Fernandes Tomáz, lá fui subindo Sá da Bandeira e olhar as árvores douradas das quais já tinha saudades. Para ficarem assim douradinhas na foto, tive de lhes dar uma ajuda extra...

Voltei na direcção da entrada do Bolhão por Fernandes Tomáz e não podia deixar em falta a Castanheira
Claro que tinha de entrar no Bolhão mas com outra finalidade. Não é que me deram uns desejos de Leitão ? Então fui espreitar a loja para comer uma sande, mas ou porque o Leitão já tinha acabado estava fechada. Mais uma foto agora para ver o que dava o contraste da frutas. A barraca na sombra, mas muito pobre. A foto. Mas os dióspiros não enganam. São mesmo dos nossos. 
A sombra à barraca. Contra-luz.
Entre um telefonema ao Bioxene, que prometeu a sua presença no dia 11 no Bando do Café Progresso mas só depois das 20 h (atenção Bandalhos...) e outro ao Peixoto que estava a chegar ao Porto para umas comprinhas, lá fui olhando o Mercado e a pensar quando será remodelado.

Já que estava ali, quis aproveitar e ver como a máquina Samsung made in China - Zé, não tenhas dúvidas, descobri a etiqueta - se portava com os azulejos da Capela das Almas.
No caminho descobri o Emplastro, escondido no meio da multidão. Olhei em volta para ser a razão da sua presença por estas paragens e descobri um casal com aquelas máquinas tipo reportagem de TV. E ele pronto para a fisgadinha, fumando um cigarro à entrada do metro. Fiquei-me por ali à cuca. Ou a fisgadinha já tinha sido feita ou ele desistiu, o que não acredito. Acabou de fumar o cigarro e amandou-se pela escadas do metro.
Na lateral da Capela das Almas, fiz várias fotos em zoom de alguns pormenores dos azulejos. Como disse, para ver como resistiam as fotos. Nada mal, diga-se de passagem.
Entretanto fiquei a recordar a lição que o meu amigo Júlio, há dias de visita ao Norte do nosso Portugal, me deu sobre esta arte do azulejo. O estudo que o desenhador e pintor teve de fazer, para idealizar o formato perfeito para baterem certos os remates junto às paredes e janelas; as tonalidades que idealizou e saber a cor que elas tomariam depois da cozedura para formarem o painel perfeito. Enfim, coisas de mestre que temos obrigação de aprender. 
Santa Catarina para Norte, e o fumo do carvão e das castanhas a assar.
Finalmente ao encontro do Peixoto. De Sá da Bandeira, a Torre da Igreja da Trindade entre as luzes.
E uma olhadela aos Cavalos que vão mas não vão saltar a Rua desde o alto do Edifício do Comércio
O antigo edifício do Leão das Louças - não o conheço com outro nome - reflectindo nos vidros da horrorosa marquise um pormenor das traseiras do Palácio do Comércio.

Encontrado o Peixoto, fizemos as nossas compras e demonstrei-lhe o meu desejo pelo Leitão. A dúvida ficou entre a Confeitaria do Bolhão e o Pedro dos Frangos. Adoptamos por este último que por sinal não tinha Leitão.
Não tinha Leitão mas tinha Frango. E daí para aproveitar para mais umas fotos desgovernadas, com e sem flash. E colocar a conversa em dia.

Merenda desfeita, noite fechada, fiz companhia ao Peixoto até à Avenida e aproveitar para bater umas fotos mais. À falta de melhor, pousar a máquina num dos pilares do tanque e fazer pontaria a ver o que dava. Bem, a cor é horrível e nada tem a ver com a da amostra junta. Que foi ajudada para parecer mais bonitinha 
Acho que esta foi feita sem apoio. Já não me lembro.
E não é que a máquina se negou a bater mais fotos ? Sem bateria, zás. Esta foi a última. Da Avenida até à Praça.
A parte central continua um deserto. Vamos a ver se o novo Presidente da Câmara manda dar um arranjo a essa coisa.

Regressei ao Bolhão, enfiei-me num autocarro... e só acordei em Valongo. Na rua da Câmara. Nada a fazer se não voltar para trás.
Mas matei algumas saudades.

Se amanhã correr bem, vou visitar o meu amigo Álvaro. O das Gatas.