Entrei a primeira vez nesta Igreja em Maio de 2007. Realizava-se um acto litúrgico e discretamente recolhi 3 ou 4 fotos, que ano e tal depois utilizei num trabalho sobre as Igrejas do Porto. Foram os meus primeiros passos na fórmula PPS.
A curiosidade leva-nos a descobrir coisas que nem sequer imaginamos. Um dos bens da net.
E juntando o prazer do passeio ao da fotografia, voltei a esta Igreja há uns meses.
A curiosidade leva-nos a descobrir coisas que nem sequer imaginamos. Um dos bens da net.
E juntando o prazer do passeio ao da fotografia, voltei a esta Igreja há uns meses.
Encontrava-se fechada, o que acontece com a maioria das Igrejas e Capelas da Cidade, salvo as que estão à disposição dos turistas. Quantos tesouros não são descobertos. Uma criança das várias que andavam pelo Largo perguntou-me se queria visitar a Igreja. Perante a minha resposta afirmativa, disse "a senhora vem já". Desapareceu e passado instantes chegou uma senhora que abriu a porta da Igreja. Disse-lhe que pedia autorização para fotografar o que pudesse. Então acendeu as luzes e levou-me a um piso superior onde está o Museu e os seus tesouros. Prometi-lhe que não era para comercializar as fotos. É claro que cumpro.
Por isso, deixo aqui o meu agradecimento não só a essa simpática senhora, como a quem manda. Que presumo seja a Paróquia.


O corpo da Igreja era revestido a talha dourada, mas um juiz da Confraria do Santíssimo achou que era feio. Então mandou retirar a talha e caiar a branco as paredes. Para que a Igreja ficasse mais luminosa. Ao painel do altar de Santa Rita, por o achar muito escuro, mandou pintá-lo de branco.
Para ela vieram posteriormente painéis da Capela (ou Igreja, nunca sei como lhe chamar, pois vejo escrito das duas maneiras) do Convento de Monchique, datados do séc. XVI.,quando foi demolida - arruinada - no séc. XIX
No interior, a igreja desenvolve-se em nave única e transepto saliente, de grande simplicidade, contrastando fortemente com a opulência da talha em barroco mas ao estilo denominado nacional - o Joanino - que reveste integralmente a capela-mor.
Este estilo foi-se desenvolvendo e aprimorando principalmente no Norte de Portugal, sendo muito utilizado especialmente no Brasil.
Iniciada no século XVII, esta campanha decorativa prolongar-se-ia até ao século XVIII, como testemunham os elementos rococó que aqui se encontram. Juntamente com Santa Clara ou São Francisco, é um exemplo significativo de igreja forrada a ouro
Este estilo foi-se desenvolvendo e aprimorando principalmente no Norte de Portugal, sendo muito utilizado especialmente no Brasil.
Também o altar de Nossa Senhora do Carmo, revestido com talha da primeira metade do séc. XVI, veio da Capela ou Igreja, do Convento de Monchique.
O corpo da Igreja é revestido de azulejos da Fábrica do Vale da Piedade e foram colocados entre 1863 e 1876.
Altar de Santa Rita e o painel recuperado tanto quanto possível da atrocidade daquele juiz da Confraria. Vi-o numa gravura colocada no site http://citar.artes.ucp.pt/mtpnp/estudos/triptico_pentecostes_01_contexto_historico.pdf formando um tríptico (assim fiquei com essa ideia) que juntamente com o de Pentecostes - darei a conhecê-lo mais abaixo -, constituíam o retábulo deste Altar
Pormenor da Pia Baptismal
O soberbo tecto do Museu da Igreja
Elementos em exposição no Museu



Peças de ourivesaria, incluindo a mão-relíquia- de S. Pantaleão.
O Tríptico do Espírito Santo terá sido pintado entre os anos de 1512 e 1517, para a Capela do Hospital do Espírito Santo, que se situa acima da Igreja de S. Pedro de Miragaia. Em 1637 foi, possivelmente, incorporado num retábulo e em 1887 foi trasladado para a Igreja devido ao estado de ruína da Capela, alterando-se o retábulo que o emoldurava. Em 1914 foi para Lisboa, a fim de ser conservado e restaurado, intervenção que foi realizada por Luciano Freire, regressando à Igreja em 1926.
A base é de madeira de carvalho do Báltico. A pintura a óleo é da escola flamenga e terá sido executado em Antuérpia, provavelmente da autoria de Van Orley. Ver todo o desenvolvimento em:
http://citar.artes.ucp.pt/mtpnp/triptico_pentecostes.php
A base é de madeira de carvalho do Báltico. A pintura a óleo é da escola flamenga e terá sido executado em Antuérpia, provavelmente da autoria de Van Orley. Ver todo o desenvolvimento em:
http://citar.artes.ucp.pt/mtpnp/triptico_pentecostes.php
Há coisas que se vão descobrindo e deixam dúvidas. Se as tivesse na altura da visita à Igreja, teria perguntado à senhora e provavelmente ficaria esclarecido. Uma delas seria a origem da Tiara e das Chaves. A outra seria a localização da Capela do Hospital do Espírito Santo.
Estou a aguardar uma informação da Junta de Freguesia a quem pedi para me esclarecer. Tenho uma foto que presumo ser a ruína da Capela. A ver vamos.
Para além dos sítios já referidos e onde recolhi elementos, recomendo a leitura do PDF do IHRU e onde encontramos fotos, embora muito más, da última reabilitação da Igreja nos anos 70 do século passado.
A sua localização faz-se atravez de
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_S%C3%A3o_Pedro_de_Miragaia
Ao fundo da página em Referencias, vamos encontrar duas, a do Igespar e a do IHRU. É só clicar
Não esquecer também de uma visita ao sitio da Junta de Freguesia http://www.jf-miragaia.net/
Estou a aguardar uma informação da Junta de Freguesia a quem pedi para me esclarecer. Tenho uma foto que presumo ser a ruína da Capela. A ver vamos.
Para além dos sítios já referidos e onde recolhi elementos, recomendo a leitura do PDF do IHRU e onde encontramos fotos, embora muito más, da última reabilitação da Igreja nos anos 70 do século passado.
A sua localização faz-se atravez de
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_de_S%C3%A3o_Pedro_de_Miragaia
Ao fundo da página em Referencias, vamos encontrar duas, a do Igespar e a do IHRU. É só clicar
Não esquecer também de uma visita ao sitio da Junta de Freguesia http://www.jf-miragaia.net/