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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

253 - Um roteiro diferente

Relativamente próximo onde terminamos o 2º roteiro (dos Clérigos ao Carmo) e a pensar em quem tem algum tempo livre, proponho agora um roteiro diferente onde os motivos a visitar se encontram bem próximo uns dos outros.
Na Rua D. Manuel II encontra-se um relativo pequeno Museu. Ver http://www.museusoaresdosreis.pt/
Entrada
É o Museu Nacional de Soares dos Reis, instalado num palacete mandado construir nos finais do séc. XVIII pelos Carrancas, família abastada do Porto para habitação e fábrica. Foi o primeiro museu público português e com uma história longa.
 Entrada para o Jardim nas Traseiras
 Pormenor do Jardim, com as Cameleiras ainda em flor.
 Junto à entrada, pequenos elementos decorativos.
As suas colecções são diversas mas de muito valor artístico: Cerâmica, Escultura, Gravura, Joalharia, Mobiliário, Ourivesaria, Pintura, Têxteis e Vidros.
Periodicamente podemos apreciar exposições temporárias.
 Um Campo de Trigo, de Silva Porto
As paredes dos salões cobertas por majestosas alegorias e paisagens a fresco, realizadas por pintores italianos.

Cerâmicas
Diversos escultores estão representados com obras de grande valor.  Destacam-se Teixeira Lopes e Soares dos Reis, sendo este o patrono do Museu desde 1911.
Sala Soares dos Reis
O Desterrado é a obra mestra de Soares dos Reis esculpida em Roma no ano de 1872 e em mármore de Carrara como prova final de pensionista.

Encontra-se exposto o Relicário de S. Pantaleão com uma linda história

A cerca de 200 metros na mesma rua, encontramos a entrada para os belíssimos Jardins do Palácio de Cristal. 
Entrada com destaque para a cúpula do Pavilhão dos Desportos, baptizado com o nome de Rosa Mota.
O Palácio de Cristal já não existe. Foi estupidamente mandado destruir pela autarquia em meados dos anos 40 e princípios de 50 do séc. passado.
Ficaram  os belíssimos jardins românticos, o bosque, a estatuária e muitas recordações.
Ocupam uma área de cerca de 8 há e foram projectados no séc. XIX pelo arquitecto paisagista Emile David no contexto do próprio Palácio de Cristal.
Ao fundo da Avenida das Tílias existiu um farol construído em 1542 e que foi uma das principais referências para os barcos que entravam na barra do Douro. Chamava-se ao local o Campo da Torre da Marca.
Próximo, encontra-se a Capela de Carlos Alberto de Sardenha que viveu exilado no Porto e morreu na Quinta que faz parte deste roteiro e que a seguir trataremos. A Capela foi mandada construir pela irmã do monarca, a princesa de Montleart e concluída em 1862, sendo visitada em 22 de Outubro do mesmo ano pelo príncipe Humberto de Saboia.
Jardins e Pedras que falam da história do Porto.

A estatuária está presente em vários pontos dos jardins e bosque
São vários os Miradoiros que nos permitem ver pormenores das Cidades do Porto e de Gaia e o Rio Douro a seus pés.



O Roseiral é um local belíssimo muito bem ajardinado, composto de vários pisos e a Casa.
Próximo à Casa um belo terraço ajardinado com vistas magníficas.

Mas é no Roseiral nos pisos superiores que podemos apreciar toda a grande beleza das várias espécies de Rosas, principalmente entre Maio e Junho.

Seguindo pelo bosque temos uma saída que nos leva ao Museu Romântico da Quinta da Macieirinha
É um palacete do séc. XIX que pertenceu à família Pinto Basto adquirido pela autarquia para instalar o Museu.
Pretende ser a reconstituição do interior de uma casa da burguesia abastada de oitocentos, período muito característico da Cidade do Porto.







Aqui viveu exilado Carlos Alberto Rei de Piemonte e da Sardenha, falecido em 28 de Julho de 1949.
A partir de aguarelas da época, foram reconstituídas a Capela, o Quarto de Dormir e a Sala.

Podemos percorrer um pequeno bosque  e apreciar as Fontes e a Estatuária.

Pormenor da Horta.
Temos caminho aberto para percorrer as ruas do Roteiro do Romântico, que salvo erro são cinco e se cruzam-se entre si.
Até breve.