Quando o bispo do Porto, D. Pedro Rabaldio, mandou erigir, no ano de 1140, no sítio em que, presentemente, vemos o edifício do mosteiro da serra do Pilar, um convento de monjas, foi achada uma imagem do Senhor Crucificado.
O mesmo Bispo mandou erigir uma ermida no mesmo local onde hoje se encontra esta Capela, para guarda da imagem achada no Convento. Mas os escritos (e datas) são sempre confusos e concluo que a imagem deve ter recolhido à Igreja do Convento, que acabou por ser extinto. O actual Convento mandado construir pelos frades de Grijó, tinha 3 imagens, entre elas o tal Cristo Crucificado, que o Bispo (do Porto ?) da altura, D. Baltazar Limpo ordenou fossem recolhidas à capela do Senhor de Além, já reformada e ornamentada, para tal fim, pelos monges de Grijó, cerimónia que se realizou no dia 24 de Agosto de 1500, depois das mesmas imagens serem conduzidas, processionalmente, em barcos pelo rio Douro.
E a estória continua confusa, pois já não sei quantas imagens existiam. Ora vejamos a continuação: A primitiva imagem do Senhor Crucificado existente na capela foi, certa vez, levada à cidade do Porto, por motivo de fazer-se preces ad preltendam pluviam – rezar a queda de chuvas – sendo conduzida em fervorosa procissão pelas ruas da mesma cidade. E como sucedesse chover, os cónegos da Sé do Porto recolheram a imagem e não mais a deixaram vir para a sua capela, facto que redundou em grande arrelia para os Gaienses.
Por fim, em virtude do prelado mandar erigir um altar para a imagem do Senhor de Além, no claustro da Sé, os devotos de Gaia mandaram fazer outra nova imagem e a colocaram, com todo o luzimento, no mesmo lugar em que era venerada a primitiva. A nova imagem, em outras ocasiões, chegou a ser conduzida, em barcos, até à foz do Douro, por motivo de preces; mas os Gaienses nunca mais permitiram que ela fosse à vizinha cidade. Anos depois, junto à capela do Senhor de Além – 5-3-1739 – cinco frades carmelitas, calçados, fundaram um hospício que funcionou até 1832.
Por fim, em virtude do prelado mandar erigir um altar para a imagem do Senhor de Além, no claustro da Sé, os devotos de Gaia mandaram fazer outra nova imagem e a colocaram, com todo o luzimento, no mesmo lugar em que era venerada a primitiva. A nova imagem, em outras ocasiões, chegou a ser conduzida, em barcos, até à foz do Douro, por motivo de preces; mas os Gaienses nunca mais permitiram que ela fosse à vizinha cidade. Anos depois, junto à capela do Senhor de Além – 5-3-1739 – cinco frades carmelitas, calçados, fundaram um hospício que funcionou até 1832.
O edifício do hospício, depois de 1834, foi vendido e nele chegou a funcionar uma fábrica de louça. Presentemente todo o edifício está em ruínas. Quer dizer que a Capela actual é posterior a esta venda. Mas sobre isso nada se lê.
Não sei se será este o edifício referido...
O texto em itálico foi copiado directamente do site da Junta de Freguesia de Santa Marinha, de Vila Nova de Gaia.
Não sei se será este o edifício referido...
... Ou este, pois toda aquela zona está em ruínas. E a Capela também não está nada bem conservada, embora se leia que mantém o culto. Não sei em que dias nem as horas. Nada nos informa. Mas que tem benfeitores fervorosos. Será que tem ? Olhem para as imagens da Capela e há algumas com 2 anos de diferença entre si.
Mais informa a Junta que se realiza a festa em honra do Senhor de Além sempre, no domingo seguinte em que se celebra a festividade à Senhora do Pilar, no penúltimo domingo de Agosto.
Quer dizer que é hoje.
Mas será que a imagem (que pelas minhas contas e dedução tem 970 anos só de achamento) ainda estará na Sé do Porto ? Ou ter-lhe-à acontecido o mesmo que às relíquias de S. Pantaleão que foram deslocadas (obrigadas) da Igreja de Miragaia também para a Sé ? Mas para onde ?Alguém sabe, para além dos eruditos, o que quer que seja ?
O Rio Douro, uma parte da Serra do Pilar e a Capela do Senhor d'Além.O texto em itálico foi copiado directamente do site da Junta de Freguesia de Santa Marinha, de Vila Nova de Gaia.
Jorge que lugar lindo este,deve ser muito frequentado por turistas ,e com este tempo lindo ,torna-se mais belo ainda.
ResponderEliminarO passeio de barco atraves destas aguas douriense deve ser apaixonante.
Beijinhos!!!!
Amigo Jorge só tenho que agradecer por todo esta colecção sobre o teu Porto pois o que te tenho a dizer que qualquer dia conheço mais do Porto que da Capital que vivi lá 35 anos e foi vida de emigrante.
ResponderEliminarBem hajas amigo
Abraço
ZeManel
Aqui da terra dos Mouros
E assim se vai contando e fazendo a História...
ResponderEliminarDos proveitos e benefícios da Cultura que se apregoa vasta e se esconde "baixinho" (porque não é descrita nos Roteiros Oficiais - ou nem existem tais!...) beneficiamos todos, Portuenses ou não.
Mas que é um tema belíssimo, lá isso é. E tu Honras os pergaminhos de "Portojo" ou,neste caso, "Gaiojo"!
Bem hajas tu e esta tua Obra, documentada com os condimentos de que só quem muito ama pode entender a sua Terra.
Abraços, do
Santos Oliveira
Po é, um lindo lugar. Pena é que esta capela já com tanta história está em muito mal estado.
ResponderEliminarChamo a atenção do nosso Bispo do Porto e do nosso Presidente da Junta não deixem mais um monumento ir ao chão.
gosto
Eliminarmuito da igreja
esta muito velha
nesta data 6 12 2o11 a dita capela esta numa degradaçao total doi o coraçao ver a capela neste estado,ninguem quer responsablisar por este munomento centenario
ResponderEliminarjose bettencourt
A História completa desta Capela, carregada de História, vai ser publicada no Boletim da Associação Amigos de Gaia, no próximo mês de Dezembro.
ResponderEliminarContacte a Associação.
Título da artigo: A multissecular Capela do Senhor de Além
ResponderEliminar– um percurso atribulado
Um assunto muito interessante e bem documentado.
ResponderEliminarMaravilhoso lugar para ser apreciado, também, passeando especialmente a pé. Seguindo à direita da ponte Luís I, pode passar por baixo das pontes do Infante, Freixo, D. Maria, S. João. Faço este passeio de vez em quando e o que lamento é o estado da capela, que se degrada a cada paseio que eu faça por ali, contrastando mesmo com as ruínas do hospício que se manteem em melhor estado.
ResponderEliminarNão sei, minha amiga, mas parece que fizeram um pedómetro ou lá como se chama, que vai até ao areinho. Peresumo que é esse itinerário que a amiga faz. E só há pouco tempo soube que as ruínas que estão próximas à Capela eram do antigo hospício.
EliminarCostumo ir só até à ponte de S. João, junto ao rio, onde cruzo às vezes, com turistas que chegam ou partem dali em cruzeiros. Não é uma zona muito frequentada, quem sabe felizmente. Levo sempre a minha máquina para fotografar aquela zona, nomeadamente as ruínas, a capela, pontes etc... Desculpe o atraso na resposta mas estive semanas sem ver a caixa de correio eletrónico. Parabéns pelo Blog
EliminarLeia o artigo de Virgília Braga da Costa, no Boletim da Associação Cultural Amigos de Gaia.
ResponderEliminarDezembro de 2013.
Contacte a Associação, em Gaia, Avenida da República.
Ler em Dezembro próximo ?
EliminarE porquê, anónimo ?
Erro: Dezembro de 2012.
ResponderEliminarOlá boa tarde, achei o artigo bastante interessante, contudo e se me permite perguntar, quais são as suas fontes? é que eu não encontro nenhuma bibliografia acerca da capela e gostaria muito de encontrar... obrigada.
ResponderEliminarEstá referida no texto a Fonte: Junta de Freguesia de Santa Marinha.
EliminarObrigado pela visita