Mas eu vinha procurar o Mosteiro.
Temos de descer a rua ao longo do muro do Quartel cerca de 50 m e a placa não engana. Mosteiro da Serra do Pilar. Os panoramas já eu os conhecia.
Dobrando a rua para Norte, nova placa encaminha-nos certeiramente.
A meio da calçada a vista da cúpula da "Nova" Igreja.
Atento ao que se passa, um elemento militar de serviço à Bateria voltada para o Porto.
Uma raridade ao longo da calçada, estas flores obrigam-nos a olhar o Jardim do Morro.
E cá estamos nós, no largo da Igreja, que tem nome próprio do qual não me lembro. Por ali ainda estão sinais de palco e outras coisas, incluindo o fontanário "fechado" a plásticos, da última romaria da Senhora do Pilar, efectuada no dia 15.
Mas tudo fechado, como nos primitivos tempos de 1140, onde foi fundado um mosteiro neste local em que as freiras seguiam a norma de reclusas emparedadas. Durou até ao séc. XIV quando deixou de haver freiras com esta vocação. Também viver entre quatro paredes, mais tecto e chão, só com um buraco para se lhes ser servida a refeição... durante o resto das suas vidas.
Resta-nos apreciar o exterior e na foto é a Primitiva Igreja, ao lado da qual foi construída em 1598, a actual. A imagem de Nossa Senhora do Pilar foi colocada no altar-mor em 1678.
Na Guerra Civil ou Lutas Liberais ou Guerra Fratricida, tanto faz, (D. Miguel x D. Pedro IV), durante o Cerco do Porto - 8 de Setembro de 1832 a 18 de Agosto de 1833 - a Igreja (a nova, tanto quanto me parece entender a escrita do autor) sofreu muitos danos. Aí entram os homens bons devotos - de Gaia - que apresentaram à Rainha D. Maria II o projecto de uma Confraria, que foi aprovada em Setembro de 1844, ficando com o lindo nome de Real Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Pilar.
E em 1925 um Comissão de Amigos do Mosteiro conseguiu "não só realizar muitas beneficiações na Igreja com o restaurar o antigo Claustro do Convento construído em 1692, em forma redonda como a Igreja, único no País. Também foram restauradas várias dependências do mosteiro que estavam em ruínas, para guardar muitas raridades que nelas (nas ruínas ?) estavam à sua guarda".
Agora vem a parte que nos toca a todos: "O Governo (será o Estado Português ? será mesmo o Governo ? neste caso, qual e quando ?) notando a beleza arquitectónica da igreja e do mosteiro da serra do Pilar, incluiu-a no número dos bens nacionais; e por isso tem despendido importantes quantias na reparação de tão magnífico monumento religioso".
Esta e mais prosas podem ler-se em http://tvtel.pt/gaiserv/livro cale/pagina18.htm
Tive que fazer umas reduções a essas prosas - que cheiram tanto a não sei quê ...- assim como acertar alguns erros que por lá se lêm. Mas o importante é que tudo está vedado ao olhar do simples turista, (ou de um curioso como eu) que de mapa na mão, sobe aquela calçada para não ver o que os papeis turísticos dizem de mundos e fundos belos.
Mais um monumento que existe só para prazer (será que o têm ?) de alguns. E já agora gostava de saber se as raridades ainda existem ou se sofreram desvios como tantas outras que aconteceram não só no Porto como por todo o Portugal
Mas vamos saborear as vistas da Cidade do Porto que de lá se avistam. O que já é muito bom, digo eu. Aqui é da Ribeira até à Arrábida.
Aqui, a velha Calçada da Corticeira, a que chamam agora Rua das Carqueijeiras. Talvez uma homenagem às mulheres que subiam aquela Calçada, com molhos de Carqueija à cabeça, para os muitos fornos da Cidade das mais variadas industrias. As Fontaínhas estão lá no alto.
Agora descemos mas a pé, pelas ruelas da Serra, Rua do Casino da Ponte, do Cabo Simão etc. e olhamos o belo rendilhado da Ponte Luíz I.
Já do lado de cá, quer dizer do Porto, depois de atravessarmos a Ponte, uma última panorâmica do Mosteiro (ou Convento) e Quartel da Serra do Pilar. Chamem-lhe os nomes que quizerem ao Regimento, mas é assim que perdurará nos tempos.
Para descansar, nada como "pousar" no Mira Douro, mesmo no final do Muro da Ribeira. Bebe-se a cerveja mais barata de toda a Ribeira e Arredores. Os lanches e as refeições, idem. Não tenho descontos nem comissões; mas é paradeiro antigo desde o tempo em que tinha a mania de que era pescador.
Aqui, a velha Calçada da Corticeira, a que chamam agora Rua das Carqueijeiras. Talvez uma homenagem às mulheres que subiam aquela Calçada, com molhos de Carqueija à cabeça, para os muitos fornos da Cidade das mais variadas industrias. As Fontaínhas estão lá no alto.
Agora descemos mas a pé, pelas ruelas da Serra, Rua do Casino da Ponte, do Cabo Simão etc. e olhamos o belo rendilhado da Ponte Luíz I.
Já do lado de cá, quer dizer do Porto, depois de atravessarmos a Ponte, uma última panorâmica do Mosteiro (ou Convento) e Quartel da Serra do Pilar. Chamem-lhe os nomes que quizerem ao Regimento, mas é assim que perdurará nos tempos.
Para descansar, nada como "pousar" no Mira Douro, mesmo no final do Muro da Ribeira. Bebe-se a cerveja mais barata de toda a Ribeira e Arredores. Os lanches e as refeições, idem. Não tenho descontos nem comissões; mas é paradeiro antigo desde o tempo em que tinha a mania de que era pescador.
Olá Jorge.
ResponderEliminarOra aqui está algo mais que me tráz óptimas recordações. Foi neste local que tirei a última foto ao ar livre com o meu pai
Ao Domingo vinham á missa á Serra do Pilar, nunca soube a razão porque não frequentavam a de Oliveira do Douro, mas desconfio que era o almocito no 'Símbolo " na Avenida de Gaia (junto á Cãmara) que os atraía a vir antes á Serra do Pilar. Tantas saúdades me dá.....Obrigada amigo por me transportares por momentos ao outro lado do oceano.
Um beijinho,
Aida :)
Que saudades, Jorge. Que saudades!
ResponderEliminarVisitei "aquele" Monumento (Mosteiro), teria uns doze/treze anos. Muitas, muitas mais vezes, tentei e nunca mais o encontrei disponível aos visitantes.
Tu ainda conheces a parte das Instalações Militares por lá haveres tarimbado. Valha-nos isso. É que a Placa que indica Monumento é apenas isso: uma Placa.
Porém, não se perde tudo.
As vistas, desde o sítio, são magníficas. Será que a tal Placa quer apenas indicar as vistas que também são "o" Monumento?
Digam-me, por favor.
Aberrações daquilo a que pretendem chamar...Cultura.
Nada se perde. Tudo se transforma.
Mas é pena que as expectativas sejam goradas para os de cá e para os que ali se deslocam para darem uma olhada ao Mosteiro da Serra do Pilar, Monumento Nacional.
Santos Oliveira
Nossa, tem feito dias lindos aí, né?
ResponderEliminarSofrendo demais com o calor?
Beijocassssssssssssssssss
Gisele
Sabes que foi esta a minha unidade de mobilização para a Guiné???
ResponderEliminarPois já foi há tanto tempo que nem quero lembrar.
Abraço
ZeManel
Caro Blogueiro, o link: http://tvtel.pt/gaiserv/livro cale/pagina18.htm
ResponderEliminarPassou para o seguinte: http://gaiserv.com.sapo.pt, porque o servidor da tvtel deixou de servir sem avisar, e agora uso a sapo.
Um abaço
Muito obrigado por tudo o que descreveu.
ResponderEliminarBem haja!
Que saudades bons tempos bons camaradas fiz tropa aí
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