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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

98 - Culturgest Porto, uma casa no mundo

A curiosidade levou-me até ao interior da Caixa Geral de Depósitos, digamos, à sua sede na Cidade do Porto. Não para abrir conta ou pedir um empréstimo. Mas sim ao Espaço Culturgest. Palavra da Língua Portuguesa terminada em T ? Como me ensinaram, quási desde o berço, as palavras terminadas em consoantes eram apenas as que "tinham" L, M, R, S e também umas outras, mais complicadaspalavra agora muito utilizada na gíria do dia a dia seja para definir um jogo de futebol, o custo de vida, o tempo, a saúde, o estudo, os incêndios, o desemprego (ou emprego), e até a nossa língua.- em X e Z.   
Dificíl de entender para um leigo como eu, o que quer dizer Culturgest. As duas primeira sílabas, ainda vá que não vá, entenderei mais ou menos. Embora possa levar-nos a errar, pois há muitas CULTUR'S:  Cultura (do latim colere, que significa cultivar) é um conceito de várias acepções, sendo a mais corrente a definição genérica, segundo a qual cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade. É também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística. Mas gest ? Claro que há as contasgest, personalgest, e outras  gest que fazem parte do dia dos "medias" e dos economistas.
Gest que na tradução do inglês dá geste. A única que consegui apreender na pesquisa. Mas depois, em nova pesquisa, Geste pode ser uma Chanson "de Geste" (em francês antigo) cantadas por jograis que narravam factos verdadeiros. É a palavra perfeita para um tema apaixonante. Para os curiosos aqui fica um site: http://en.wikipedia.org/wiki/Chanson_de_geste
Conclusão, entrei no CULTURGEST, uma Casa do Mundo, da Caixa Geral de Depósitos da Avenida dos Aliados.

Sabia que aqui se expõem obras plásticas. Na chamada Galeria. Ao tentar ver o local na net, fico confuso, porque também se refere a concertos, conferências, ciclos de cinema, dança, etc. Presumo que haverá salas apropriadas para o efeito para lá deste espaço. Mas para o caso não interessa nada de momento. Porque a minha surpresa foi grande.
O tecto e a galeria surpreenderam-me pela luz que se filtra através dos vitrais.
Talvez tenha tido a sorte por a luz estar perfeita para fotos.
Sinceramente, é daqueles casos que dá para ficar de boca aberta olhando o que nos rodeia.
Eu só que ía ver uma exposição anunciada, de José Loureiro, esqueci a exposição.
Fotos de todos os ângulos e com todas as luzes, absolutamente permitidas fazer.
Não percebo nada de arquitectura nem de materias. Mas o conjunto luz, cor e materiais deixaram-me deslumbrado.
Palavras minhas ? Nem uma.
Infelizmente, não encontrei uma única palavra sobre o autor deste espaço nem outras indicações que  pudessem elucidar sobre esta beleza.
De tanto olhar para o ar e à minha volta, esqueci de olhar o chão. Aí foi mais difícil fazer um boneco fotográfico razoável. Os profissionais da arte sabem bem mais do que eu destas dificuldades.
Da estupefacção perante tal cenário até cair em mim, afinal faltava ver a exposição. Cá está. Para um leigo, quatro quadros em branco, com molduras em cor. Respigando do folheto da exposição, (que, como qualquer folheto de exposição só se lêem textos para eruditos entenderem (será que entendem mesmo ?) :  ... observamos um movimento espiralado de mudança, que caminha no sentido de uma progressiva depuração, de uma crescente elementaridade, desde as pinturas saturadas de grelhas ou de tramas de bolas, produzidas entre 1994 e 1998, até chegar a estas pinturas de ecrãs brancos dinamizados por “molduras” de intensa vibração e de concentrada energia. Se estiverem muito interessados procurem na net pois já nem sei de onde copiei este excerto. Para o caso não interessa nada, pois foi a sala-galeria descoberta por casualidade que me levou a fazer e colocar as fotos. E a pedir para não perderem uma visita. Que para já é grátis.




7 comentários:

  1. Portojo,


    Parece-me ter sido uma boa iniciativa da tua parte.
    Diz-se que a 'curiosidade matou o gato' mas a ti levou-te à descoberta dum espaço, porventura pouco conhecido e/ou pouco usufruído, mas realmente com coisas interessantes.
    Tens todo o mérito nesta divulgação e espero que contribua para um maior interesse do pessoal em colocar 'olhares' mais perspicazes nas coisas que tem à sua volta.
    Abraço
    Hélder

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  2. É isso aí Jorge....continue nos presenteando com teus passeios e achados...nunca esqueça a máquina.
    Cerizza

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  3. Caro amigo Jorge

    O seu último parágrafo merece-me um pequeno comentário (ou aparte).

    Se a linguagem do futebol tem evoluído (???) desde o «excelente gesto técnico» (grande petardo, diz o Zé) às actuais «transições», às «pressões altas» ou «baixas» (e imagino o comentador de aparelho na mão a medir a pressão ao craque...), passando pela «boa leitura de jogo» do técnico (e vejo o tipo à rasca a folhear um qualquer compêndio de futebol, a tentar descobrir como se safar da confusão em que está metido, estilo Paulo Bento frente à Dinamarca), depois de toda esta evolução linguística, dizia eu, como é que os críticos de arte, intelectuais profundos (que nem gostam de futebol, actividade de bárbaros) se distinguiriam dos intelectuais do pontapé na bola?
    Peço desculpa do aparte e envio um abraço
    Manuel Flórido

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  4. Obrigado Portojo foi um prazer ver esta reportagem e como vivo nesta linda cidade vou visitar.

    Abraço

    Rio Bravo

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  5. Caro Jorge Portojo

    Só quase dois anos depois vi a sua reportagem. Muito me honra a sua descrição da galeria de entrada.
    Não existem referencias ao autor do projeto, pois a obra foi realizada por mim, apenas com cópias de registos fotográficos dos anos 30. O espaço estava totalmente destruído e reconstruimos tudo o que viu, incluindo o relógio, as esculturas de gesso, os vitrais, os mármores, os bronzes... tudo. Pena que não tenha visto o espaço dos outros pisos incluindo a cave.
    Se quiser saber mais, pode contactar-me pelo 912 223 468.

    Abraço

    A.M. Manso Lopes

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    Respostas
    1. Caro Senhor Manso Lopes
      Devo dar-lhe os parabéns pela obra. Dificilmente escrevendo daremos uma noção da realidade do espaço. Já lá retornei com uns amigos, mas devido à hora não nos permitiram a entrada.
      Contactá-lo-ei por mail. Pode ser que consiga ver mais umas maravilhas.
      Um abraço de amizade do
      Jorge Portojo

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  6. Hummm......se entendi algo, quer dizer que a exposição se baseava nos 4 quadros em branco? ehehehehehehehe
    Beijosssssssssss

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