Uma outra versão da lenda, recolhida por Almeida Garrett, miragaiense de nascimento, e publicada no Jornal de Belas Artes em 1845, diz que a Rainha se chamava D. Aldora. Pode confirmar-se   em http://www.lendasdeportugal.no.sapo.pt/distritos/porto.htm).
Em comum na verdadeira lenda do séc. X, é o Rei ser casado com a Rainha mas gostar da irmã de um Emir que vivia no Castelo de Gaia. O Rei veio pedir a mão da menina, mas levou nega e raptou-a. O maninho chateado com o negócio, foi por sua vez raptar a Rainha e levou-a para o Castelo. O Rei, furioso, juntamente com o filho, arranjou um estratagema para resgatar a Rainha. Para não alongar o enredo, vamos aos finalmentes como diria o sinhôzinho Malta. Rainha resgatada, mas furiosa pela traição doméstica do Rei, diz que no Castelo é que era maravilha a vida e o amor do Emir. O Rei ciumento mata a Rainha no barco do regresso. Para uns, arrancou-lhe os olhos e disse-lhe pela ultima vez mira, Gaia. Para outros atou-lhe uma pedra ao pescoço e mandou-a para os peixinhos na Foz de Âncora. Lá em Gaia, que hoje é Vila Nova de., mas que não faço ideia onde seja. A net pelos vistos também não.
Em comum na verdadeira lenda do séc. X, é o Rei ser casado com a Rainha mas gostar da irmã de um Emir que vivia no Castelo de Gaia. O Rei veio pedir a mão da menina, mas levou nega e raptou-a. O maninho chateado com o negócio, foi por sua vez raptar a Rainha e levou-a para o Castelo. O Rei, furioso, juntamente com o filho, arranjou um estratagema para resgatar a Rainha. Para não alongar o enredo, vamos aos finalmentes como diria o sinhôzinho Malta. Rainha resgatada, mas furiosa pela traição doméstica do Rei, diz que no Castelo é que era maravilha a vida e o amor do Emir. O Rei ciumento mata a Rainha no barco do regresso. Para uns, arrancou-lhe os olhos e disse-lhe pela ultima vez mira, Gaia. Para outros atou-lhe uma pedra ao pescoço e mandou-a para os peixinhos na Foz de Âncora. Lá em Gaia, que hoje é Vila Nova de., mas que não faço ideia onde seja. A net pelos vistos também não.
 Mira Gaia deu em Miragaia que entre dois séculos, é vista do Palácio de Cristal, a Ocidente.
Mira Gaia deu em Miragaia que entre dois séculos, é vista do Palácio de Cristal, a Ocidente.O tal Castelo de Gaia estava localizado no morro mais alto de Gaia, voltado para o Rio Douro, e terá sido um Crasto Celta. Foi fortificado pelos Mouros e depois pelos Romanos. Durante as Lutas Liberais, D. Miguel o Absolutista, montou aí a sua artilharia. Do lado de cá, as tropas de D. Pedro IV, o Liberal, Constituicionalista, Rei-Soldado, Libertador, Imperador (do Brasil) - cognomes não lhe faltaram - montaram uma das suas baterias nas Virtudes, num dos altos de Miragaia, que acabaram com as de D. Miguel e o resto do Castelo que ainda existia.
Só para refinar a história. Antigamente, Gaia era uma localidade, Vila Nova, outra. No século XIX as duas fundiram-se e formaram o Concelho de Vila Nova de Gaia, elevada a cidade em Junho de 1984. Actualmente e porque o nortenho é comedido em palavras, a gíria normal é tratá-la apenas por Gaia.  Mas continuemos a nossa visita por Miragaia, pois a história faz-se passeando. Ainda do alto do Palácio de Cristal, onde as vistas são soberbas, olhamos para o Palácio das Sereias, nome popular, conquanto se chame da Bandeirinha e/ou também dos Portocarrero. É um edifício mandado construir em 1575 por Pedro da Cunha enquanto a esposa Brites Vilhena tratava do Convento de Monchique, já em escrito anterior referido. No século XVIII passou para os Portocarrero. Aquando das invasões francesas, a populaça tomou a sério o nome da família como estrangeiro e foi-se ao filho e fizeram-lhe mil e uma judiarias. E acabou sem cabeça e nas águas do Douro. Mas há quem diga que foi ao Pai que isto aconteceu. Que para o caso não interessa nada.
Mas continuemos a nossa visita por Miragaia, pois a história faz-se passeando. Ainda do alto do Palácio de Cristal, onde as vistas são soberbas, olhamos para o Palácio das Sereias, nome popular, conquanto se chame da Bandeirinha e/ou também dos Portocarrero. É um edifício mandado construir em 1575 por Pedro da Cunha enquanto a esposa Brites Vilhena tratava do Convento de Monchique, já em escrito anterior referido. No século XVIII passou para os Portocarrero. Aquando das invasões francesas, a populaça tomou a sério o nome da família como estrangeiro e foi-se ao filho e fizeram-lhe mil e uma judiarias. E acabou sem cabeça e nas águas do Douro. Mas há quem diga que foi ao Pai que isto aconteceu. Que para o caso não interessa nada. Já descemos do Palácio de Cristal e estamos na Restauração. Olhamos o Bairro Ignêz, grafia não sei de que século, mas o da sua construção foi em meados do passado XX e destinado a habitação social. Creio que foi o primeiro bairro da cidade do Porto para tal fim.
Já descemos do Palácio de Cristal e estamos na Restauração. Olhamos o Bairro Ignêz, grafia não sei de que século, mas o da sua construção foi em meados do passado XX e destinado a habitação social. Creio que foi o primeiro bairro da cidade do Porto para tal fim.
 Mas continuemos a nossa visita por Miragaia, pois a história faz-se passeando. Ainda do alto do Palácio de Cristal, onde as vistas são soberbas, olhamos para o Palácio das Sereias, nome popular, conquanto se chame da Bandeirinha e/ou também dos Portocarrero. É um edifício mandado construir em 1575 por Pedro da Cunha enquanto a esposa Brites Vilhena tratava do Convento de Monchique, já em escrito anterior referido. No século XVIII passou para os Portocarrero. Aquando das invasões francesas, a populaça tomou a sério o nome da família como estrangeiro e foi-se ao filho e fizeram-lhe mil e uma judiarias. E acabou sem cabeça e nas águas do Douro. Mas há quem diga que foi ao Pai que isto aconteceu. Que para o caso não interessa nada.
Mas continuemos a nossa visita por Miragaia, pois a história faz-se passeando. Ainda do alto do Palácio de Cristal, onde as vistas são soberbas, olhamos para o Palácio das Sereias, nome popular, conquanto se chame da Bandeirinha e/ou também dos Portocarrero. É um edifício mandado construir em 1575 por Pedro da Cunha enquanto a esposa Brites Vilhena tratava do Convento de Monchique, já em escrito anterior referido. No século XVIII passou para os Portocarrero. Aquando das invasões francesas, a populaça tomou a sério o nome da família como estrangeiro e foi-se ao filho e fizeram-lhe mil e uma judiarias. E acabou sem cabeça e nas águas do Douro. Mas há quem diga que foi ao Pai que isto aconteceu. Que para o caso não interessa nada. 100 anos é muito tempo, mas as diferenças são pequenas. À direita é o muro que suporta a Rua Nova da Alfandega. Em baixo, começa a Rua de Miragaia. Mas damos meia volta volver e olhamos para baixo do que é hoje o Largo da Alfandega.
100 anos é muito tempo, mas as diferenças são pequenas. À direita é o muro que suporta a Rua Nova da Alfandega. Em baixo, começa a Rua de Miragaia. Mas damos meia volta volver e olhamos para baixo do que é hoje o Largo da Alfandega. E descobrimos a Fonte da Colher, que estava perdida se não fossem as escavações para a Rua Nova da Alfandega. Diz a história que foi construída em 1491 custeada com parte de um imposto cobrado sobre os géneros alimentícios que passavam pelo entreposto de Miragaia no séc. XV, medido por uma colher (?). Os livros não chegam ao pormenor de nos elucidarem sobre o seu tamanho. Mas sendo Imposto, logo o calculamos. Encontra-se encostada a uma casa, resguardada por uma linda varanda. Ao alto, a pedra tem uma inscrição que mal se percebe.Foi restaurada em 1629 e em 1940.
E descobrimos a Fonte da Colher, que estava perdida se não fossem as escavações para a Rua Nova da Alfandega. Diz a história que foi construída em 1491 custeada com parte de um imposto cobrado sobre os géneros alimentícios que passavam pelo entreposto de Miragaia no séc. XV, medido por uma colher (?). Os livros não chegam ao pormenor de nos elucidarem sobre o seu tamanho. Mas sendo Imposto, logo o calculamos. Encontra-se encostada a uma casa, resguardada por uma linda varanda. Ao alto, a pedra tem uma inscrição que mal se percebe.Foi restaurada em 1629 e em 1940. E as Arcadas conservadas como o são desde há séculos. Regressamos à história, que como sempre nos deixa confusos sobre datas. No séculos XII já seria local importante, mas as contradições existem. Uns dizem que cresceu a partir de Monchique outros que foi das Muralhas. E por causa delas.
E as Arcadas conservadas como o são desde há séculos. Regressamos à história, que como sempre nos deixa confusos sobre datas. No séculos XII já seria local importante, mas as contradições existem. Uns dizem que cresceu a partir de Monchique outros que foi das Muralhas. E por causa delas. Alexandre Herculano escreve em Lendas e Narrativas que nos fins do séc. XIV a povoação trepava para o lado do Olival, isto é, para Norte. Isto revela o crescimento da povoação. Entretanto a vida da pesca foi diminuindo, sendo substituída pela da construção naval. Daqui sairam muito dos barcos para a conquista marítima.
Alexandre Herculano escreve em Lendas e Narrativas que nos fins do séc. XIV a povoação trepava para o lado do Olival, isto é, para Norte. Isto revela o crescimento da povoação. Entretanto a vida da pesca foi diminuindo, sendo substituída pela da construção naval. Daqui sairam muito dos barcos para a conquista marítima.Mas Miragaia tem muito mais Histórias e Lendas. E as da sua Igreja não serão esquecidas. É já a seguir.
Bons passeios.
Bons passeios.





 
 
Caríssimo
ResponderEliminarNas fotografias separadas por 100 anos, dizes que as diferenças são poucas, não concordo:
na antiga vê-se um só cavalo, na actual já tem cavalos a mais, que qualquer dia nem os burros lá podem andar.
Mas belo enquadramento.
Essa do passeio de eléctrico, só têm sido ameaças, não sei é para quando.
E essa do darmos meia volta tudo bem, mas o "volver", já é deformação militar que permanece por todos os séculos dos séculos... amen.
Um abraço
cumprim/jteix
Continuo sem saber se o Jorge Portojo pode ser comparado ao Prof Hermano Saraiva; creio que não destoava nada.Antes pelo contrário.
ResponderEliminarQue isto seja uma Honra e longe de qualquer insinuação perniciosa.
É que as coisas são tão semelhantes nos caminhos da investigação Histórica que a gente se sente deliciada a ver/ler.
Palavras para quê? É um Artista Português... do Porto e que ama e vive esta (sua/nossa) Cidade.
Abraços, Jorge
Rua do Armazéns...
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