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segunda-feira, 19 de julho de 2010

29 - Ruas históricas do meu Porto II - Cativo e Portas do Sol

Voltando às ruas "vielas" que os turistas não frequentam, mas nós tripeiros e gentes daqui bem próximo o fazemos e em continuação do meu escrito anterior, relembro que estamos dentro da velha Cerca Medieval, ou Muralhas Fernandinas.
Faço propositadamente uma batota só para localizar, a quem se dignar seguir-me, onde estamos. Mas não liguem à fraca qualidade das fotos. São feitas de passagem, com luz a favor ou contra, guardadas para um dia, como hoje, falar da história da minha cidade (pobre de mim falar de coisa tão séria ...) e das minhas recordações.
Então vamos olhar a última torre das Muralhas Fernandinas desde a "nóvel" rua Augusto Rosa (homenagem ao grande actor), e do parque fronteiro ao antigo edifício do Governo Civil. Só para uma localização.
Agora que estamos localizados, por detrás do antigo edifício do Governo Civil segue a Rua das Portas do Sol. Pois era por aqui que as muralhas passavam. Para além da esquadra da Polícia da Sé - se não estou em erro - há uns edifícios bem recuperados e outros a desfazerem-se. Como os estatais (ou camarários ?), já referidos num dos meus primeiros escritos/fotográficos. E Portas do Sol porquê ? Porque existiu próximo, uma porta nas Muralhas para a entrada e saída da Cidade com esse nome. Creio que este nome toponímico vem desde essa época - séc. XIV. Nada me elucida.

Ficando de costas para as Portas do Sol, caminhemos para a Praça da Batalha e à esquerda encontramos a Rua do Cativo, já referida em 1492, mas como viela. O nome de rua veio-lhe em 1743. E que vai dar ao Largo da Rua Chã. Era um dos meus passeios da juventude com a "malta", porque tinha uns bares bem simples onde a par da cerveja barata podíamos olhar os "manequins" da época sem ninguém chatear. Se a memória não me falha, o mais badalado era o da "Teresa". Pegadinho, era um fabricante de Bilhares e jogos de mesa, vulgo matraquilhos. Creio que se chamava Progredior. E claro, haviam as pensões do "sobe e desce".
Prédios com vários andares, alguns deles a pedirem reformas urgentes.
Na esquina, do lado esquerdo encontramos as traseiras do Hospital da Ordem do Terço e à direita as do Teatro Nacional de S. João. Novamente em restauro. A qualidade da sua pedra e a pintura assim obrigam.
Aqui temos duas travessas. As do Cativo e do Cimo de Vila. Perpendiculares.
À direita o Hospital da Ordem do Terço, do séc. XVIII.
Em frente, um edifício meio degradado, do séc. XIX, que já albergou um restaurante de certa qualidade e preços bem em conta. Outros tempos...
Esta parte da cidade menos "velha", entrando já na Praça da Batalha, tem edifícios que foram propriedade de gente fina.
Pormenor do Hospital da Ordem do Terço

E porque logo ali temos o Teatro Nacional de S. João, onde a grandes filmes assisti, bem refastelado nas suas cómodas cadeiras forradas a veludo vermelho, aqui deixo um pouco da sua estória.
Foi o actual edifício construído em 1911 sobre as ruínas do anterior, destruído num incêndio em 1908, e que foi inaugurado em 1798 com uma peça teatral.
O prédio actual não tem uma definição de estilo, mas é de uma imponência grandiosa, especialmente a sua frontaria. O interior foi decorado com pinturas e esculturas de grandes nomes das artes.
É um dos edifícios de maior relevo da Cidade do Porto.










1 comentário:

  1. Divulga esta cidade o mais que puderes, ela bem merece, e ao que vejo tu bem merecias teres passado pelo pelouro urbanistico.
    As minhas filhas nasceram no Porto , O meu Genro é do Porto, freguesia da Vitória, o meu neto vai nascer se Deus quiser nessa grande Cidade.
    Abraço.
    Quelhas

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