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quarta-feira, 16 de junho de 2010

21 - Praça de Almeida Garrett

Esta Praça é uma homenagem ao grande escritor, dramaturgo, Par do Reino, ministro, impulsionador do Teatro (foi ele quem propôs a edificação do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa) e o Conservatório de Arte Dramática. Nasceu no Porto em 4/2/1799 e faleceu em Lisboa em 9.12.1854, tendo andado pelos Açores, Coimbra e percorrido meia Europa. Liberal, pornógrafo (naquele tempo chama-se ateu e imoral), casou com uma jovem de 14 anos, que "desonrou", mas mulheres era com ele. O Arco de Sant'Ana ficou famoso pela sua pena e as Viagens na Minha Terra o seu livro ecológico. Isto sou eu a dizer. A sua biografia é extensa e recomendo a sua leitura.
Mas esta Praça que chamada de Almeida Garrett, a muito boa gente portuense e não só, não diz nada, porque será sempre S. Bento. Vem dos nossos antepassados, pois de Largo da Cividade dos tempos medievais passou a Largo e Terreiro de S. Bento. Não li qualquer referencia sobre a data em que foi criada a toponímia actual.
Nela desembocam e começam sete ruas, melhor, oito pois acho que a do Corpo da Guarda também deve contar. A mais recente, a Avenida da Ponte, aberta em 1950, mas que já se chamou de Vimara Peres e agora é de D. Afonso Henriques. Está carregada de história e estórias, mas lá iremos. Este desenho cuja data e origem não consegui apurar, não sei se é um estudo, projecto ou uma vista real de determinada época. Sei que o Convento de S. Bento de Avé Maria já lá está à direita, a Porta de Carros aberta nas muralhas Fernandinas está ao fundo, creio que depois de ter sido já alterada a sua localização primitiva. Fora das muralhas estará o que é hoje a Igreja dos Congregados, antiga capela de Santo António. Dentro das Muralhas distingue-se à esquerda o Convento dos Loios.
Mas vamos por partes.

Vista da Praça desde o Corpo da Guarda. A Estação de S. Bento à direita ocupa o espaço que foi do Convento e Igreja de S. Bento de Avé-Maria ou da Encarnação das monjas de S. Bento. Este por sua vez tomou o espaço das Hortas do Bispo, ou da Cividade.
Estou de costas para a antiga Avenida da Ponte e à direita a Rua do Loureiro. Presumo que seria por aqui que estava a primitiva Porta de Carros. Mas o que leio nas minhas pesquisas deixam-me confuso.
Uma foto antiga, não afirmo mas creio que é do Alvão, em dia de procissão. Nota-se que o Convento já está em ruínas. Mas lá iremos.
De Sul para Norte, vêm-se bonitos prédios, com as varandas tipicamente portuenses, em ferro. Lamentavelmente o prédio mais trabalhado em granito, está em ruína. E logo voltado para a saída principal da Estação de S. Bento.
Uma das características da arquitectura portuense eram os prédios estreitos, altos e fundos. Aqui está outro em ruínas, o mais alto, no meio de edifícios bem conservados. Em obras para um hotel de luxo está o Palácio das Cardosas. Iniciado pela Ordem dos Loios no séc. XVIII, no local do antigo Convento de Santo Elói, mas que nunca chegou a ser terminado, foi adquirido e remodelado por um "brasileiro" continuando depois pela família, tudo mulheres, daí o nome Cardosas pelo qual é conhecido pelos portuenses.
No topo Norte da Praça está a Igreja dos Congregados do séc. XVII. Construída no local onde existia a capela de Santo António da Porta de Carros e do que resta encontra-se na capela-mor.
Frontaria e portais em estilo barroco.
Alguns aspectos do interior.
Para um leigo como eu, são muito confusas as explicações dos pormenores que se lêem.
Mas mesmo para um leigo, olhar o que nos rodeia é muito importante

Altar de Santo António
Através do portal em ferro temos uma outra visão da Praça
À esquerda a Rua de 31 de Janeiro (em homenagem à Revolução Republicana) e que já foi de Santo António, durante a ditadura, e de Santo António dos Congregados inicialmente, vai dar à Praça da Batalha e ao início da Rua de Santa Catarina. Construída em 1784 sobre estacas e arcos não só para dar passagem à mina do Bolhão como também para vencer o declive.
À direita, a velha Rua da Madeira.
Há cerca de 3 anos quando foi novamente aberta aos "eléctricos"
A Rua da Madeira, antigamente chamada Calçada de Santa Teresa e Viela da Madeira,
por onde se fazia todo o movimento para a Batalha e Cimo de Vila,
antes da abertura da Rua de 31 de Janeiro.
Por aqui descia a Muralha Fernandina vinda de Cimo de Vila. À esquerda a estação de S. Bento. Rua ainda hoje famosa pelas suas "tascas", foi local também de vários comércios e pequenas fabriquetas. Ainda se podem ver ruínas de outrora para ali à espera do camartelo. Aqui pequenos mas muitos despachantes, a quem chamava-mos recoveiros, aceitavam mercadorias que transportavam em vagões alugados aos caminhos de ferro, para localidades ao longo das linhas do Douro e Minho. Aos paquetes e serviçais das empresas portuenses que utilizavam os seus serviços, pagavam um copo e uma sande, até uma posta de sável, ali no Quim, no Vizeu, no Madeira, onde estavam localizados os seus escritórios. Também eles me ajudaram a começar o vício pelo petisco e pelo copo.
O Convento de S. Bento no interior da Cerca ou Muralhas Fernandinas, junto à Rua da Madeira. Ao fundo a fachada lateral do que restava do Convento dos Loios. Dizia-se que a proximidade dos dois conventos, ajudava também à aproximação dos monges e das monjas. Escândalos de outros tempos. É só ler um delicioso trecho do áspero Camilo Castello Branco em
A fachada lateral do Palácio das Cardosas, que no meu tempo da juventude albergava o Café Astória de tantas recordações. A fachada principal está voltada para a Praça da Liberdade e também albergava a célebre Adega da Cerca. O portuense quando brincava com um amigo, dizia-lhe: vai para as Cardosas, cujo passeio tinha a fama de ser zona dos "Bon Vivent".
Aqui está, nesta obra, mais uma acusação ao PORTOVIVO. E ao Presidente da Câmara. E não só. É só ler um interessante artigo em
Continuando a andar no sentido dos ponteiros do relógio e voltados para sul, inicia-se a Avenida da Ponte, aberta em 1950 ao trânsito automóvel e que liga à Sé e directamente ao tabuleiro superior da Ponte D. Luíz. Desde há meia dúzia de anos que o trânsito automóvel já não atravessa a Ponte de Cima, como o portuense chama ao tabuleiro superior, pois só o metro o faz. Do lado esquerdo continua a velha pedreira, sustentando a Rua Chá e alguns prédios fazendo esquina com a Rua do Loureiro, que não se percebe como ainda se aguentam em pé. Para além da imundície que se foi (vai) acomolando, é triste, no coração da cidade, local de passagem de muita gente, ver o constante vai-vem dos "trabalhadores" da droga e de quem mete a sua injecção.
À direita é o início da medieval Rua do Corpo da Guarda, com várias obras de requalificação urbana em curso, que vai dar a S. Sebastião, Pelames e lògicamente à Sé.
Continuando,temos o fim das Ruas Mouzinho da Silveira e das Flores.
Um pormenor da junção da Rua das Flores com a Praça Almeida Garrett,
Foto obtida no dia 1 de Maio de 2007.
Olhemos agora para a Estação de S. Bento. Construída no local onde esteve o Convento e Igreja de S. Bento de Avé Maria, o edifício foi projectado pelo arq. Marques da Silva, (com obras importantes por toda a cidade tendo o granito como base de trabalho) foi inaugurado em 1916, embora o primeiro comboio tenha chegado à gare em 7 de Nov. de 1896. O arquitecto teve vários problemas com os homens importantes da cidade (como sempre são eles que mandam) que foi obrigado a reformular todo o projecto tantas as alterações exigidas.
Duas torres, uma de cada lado, com pormenores bem vincados pelo arquitecto como marca sua.
Pormenor da Gare vista da Rua da Madeira.
O átrio é revestido com 20.000 azulejos da autoria de Jorge Colaço. Mostram passagens da História de Portugal, a evolução dos transportes e aspectos bucólicos e populares de Entre Douro e Minho. É um problema permanente a segurança dos azulejos, pois a sua aplicação foi feita com materiais não recomendáveis. O restauro parece complicado. Estão cobertos com uma película para evitar a sua queda. Lamentàvelmente as cores perdem a policromia que autor defeniu. Também não entendo porque essa pelicula está só para cima dos 2 metros, mais ou menos.

A gare tem uma estória curiosa. O autor (?) foi o mesmo da Gare do Norte em Paris, e quis projectar para a cidade do Porto uma com igual grandeza. Mas entre a perfuração do túnel e a gare há a questão de uns dinheiros que recebeu pelo que não fez. E ainda exigia mais, com direitos a concessões, etc... Parece que pegou nas malas e fugiu para o Brasil. Acabo por não saber se o magnífico trabalho em ferro da cobertura e dos pilares é da sua autoria.
A gare hoje em dia apenas recebe comboios regionais e urbanos e sub-urbanos.
Tem 8 linhas.
Uma das saídas para a Praça Almeida Garrett.
Logo com um dos tais edifícios degradados em grande destaque.
Deixei a Rua do Loureiro para o fim, para descrever um pouco o Convento de São Bento de Avé -Maria. Foi mandado construir e pago por D. Manuel I em 1518. Depois o povo foi pagando os acréscimos, e segundo consta, cada abadessa que por ali passou, deixou a sua marca em obras horríveis, de mau gosto e sem nexo. Quer dizer, faltou um homem que soubesse da poda. Mas como era tudo gente de boas famílias, há que deixar estragar e mesmo do pouco Manuelino que parece ter havido, não sobrou nada. Posterior ao Convento, construíu-se a igreja, que segundo li, era obra asseada. Terá sido um erro a cidade ficar sem o que era considerado um monumento.
O Convento sofreu um violento incendio, que juntamente com a abolição das Ordens Religiosas, foi-se degradando. O Estado requereu os edifícios e este ser-lhe-ia entregue após a morte da ultima freira. O que aconteceu em 1892. A partir desta data tudo foi destruído e quando entrou o primeiro comboio ainda havia pedras por todo o lado.
Do lado da Rua do Loureiro ficava a Igreja que era também local de comércio ambulante. O que desagradava aos comerciantes locais. A coisa compôs-se quando os ambulantes foram passados para o Mercado do Bolhão.
A Igreja cuja fachada ficava voltada para a Rua do Loureiro
A Estação de S. Bento actual...
E o Convento na mesma posição fotogénica.
Resta dizer que o pouco que sobrou" do Convento está espalhado por vários Museus, Ordens e igrejas do País. Na Igreja de Santa Clara, no Largo Primeiro de Dezembro, estão dois altares. Nos jardins dos SMAS do Porto, está o Chafariz. Isto conheço.
Quem gostar pode deliciar-se com esta magnífica obra:
O MOSTEIRO DE SAO BENTO DE AVE MARIA DO PORTO, 1518/1899
Formato do ficheiro: PDF/Adobe Acrobatde IMRT Pinho - 2000 -...repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/.../2/000080182.pdf

Uma nota apenas. Creio que se pode dizer sem errar, Convento e Mosteiro. É que nas várias pesquisas encontrei as duas palavras para o mesmo tema. E como não entendido nestas coisas fico sempre na dúvida.

































sexta-feira, 4 de junho de 2010

20 - Largo de S. Domingos na Cidade do Porto

Quem desce a Bainharia vindo da Sé, atravessando Mouzinho da Silveira, entra no Largo de S. Domingos, artéria na Zona Histórica e Património Mundial. Chamou-se também Praça ou Terreiro de Santa Catarina e posteriormente Largo de S. Crispim.
Sofreu muitas alterações quer quando da abertura da Rua das Flores no séc. XVI, quer da de Mouzinho da Silveira no séc. XVIII.
Existiu um chafariz desde a era de quinhentos demolido em 1845 (?), bem como as Capelas de S. Crispim e N. S. das Neves. Tudo demolido. Na actual capela de S. Crispim, creio que ainda se encontram umas relíquias oriundas da antiga.
Edifícios à direita de quem vem de Mouzinho da Silveira.
Para Norte, o início da Rua das Flores e a Igreja da Misericórdia.
Fechando o Largo, existia o Convento de S. Domingos, construído entre 1239 e 1245, em estilo gótico primário, mas esta situação alterou-se devido às sucessivas obras e também reconstruções de que foi alvo na sequência dos quatro incêndios que o atingiram entre 1357, 1523, 1777 e 1832.
À direita, o edifício da Papelaria Araújo & Sobrinho, mais que centenária instituição, muito procurada pelos artistas plásticos.
Na frente do edifício existiu uma fonte, destinada a substituir o chafariz entretanto demolido. Essa fonte, construída entre 1846/50, foi também demolida em 1922, passando para o Jardim de S. Lázaro.
Uma foto da época mostra a fonte e a imagem de Santa Catarina.
Essa imagem está no interior da Papelaria. Encontrei esta foto divulgada na net em vários sites. Não sei quem é o autor.
A Fonte, agora no Jardim de S. Lázaro, construída em mármore.
A Arte do ferro
O que resta do antigo Convento foi recentemente restaurado. Aqui realizavam-se sessões públicas camarárias e de tribunal, assim como existia uma grande actividade comercial já referenciada no século XIV.
Um olhar para a Sé e o seu casario
Relembrando o séc. XIX
Pormenores ainda visiveis de velhos tempos.
O Convento, que depois da extinção da Ordem e da acentuada degradação e também pela abertura das novas ruas, ficou só com a fachada. O edifício foi arrendado pela filial do Banco de Portugal - de Lisboa, na altura chamado - e posteriormente vendido à companhia de Seguros Douro. Foi sofrendo várias obras, entrou novamente em degradação e finalmente recuperado chamando-se agora Palácio das Artes.
Seria este o seu aspecto. Não li quaisquer referencias quanto a datas do desenho
Para sul a Rua Dr. Sousa Viterbo
Pormenor do Largo, visto do interior do que foi o Convento.
À direita, a Rua de Ferreira Borges, que vai dar à Praça do Infante. Toda esta zona coincidia com o antigo Convento de S. Francisco, que segunda a história, os frades dos dois conventos não se dariam lá muito bem.
Por este correr, encontramos os belos edifícios do Hotel da Bolsa, do Instituto do Vinho do Porto, o Palácio da Bolsa, o Mercado Ferreira Borges, a Igreja e S. Francisco e depois da Rua do Infante a velha igreja de S. Nicolau.
É só história e granito e ferro.


quarta-feira, 2 de junho de 2010

19 - A Rua das Flores na Cidade do Porto

Foi mandada abrir pelo rei D. Manuel I em 1518. Liga o Largo de S. Domingos à Praça Almeida Garrett, junto à Estação de S. Bento. Naquele tempo, ia dar à Porta de Carros, aberta nas Muralhas Fernandinas e entrada (ou saída) da Cidade. No mesmo ano, o rei mandou construir o Mosteiro - ou Convento - de São Bento de Avé Maria, no local onde está a Estação de S. Bento. Início da Rua, onde ainda se podem ver vestígios de construções dessa época bem como alguns palacetes, uns em decadência, outros recuperados. O aglomerado urbanístico vai do séc. XVI ao séc. XVIII, onde existiam as hortas do Bispo. Foi calcetada em 1542.
No início da Rua, à esquerda, encontramos a Igreja da Misericórdia, construída em 1559 mas em Abril de 1621 uma tempestade destruiu a fachada. Foi votada ao abandono até que 1750 Nasoni construiu a bela fachada que hoje podemos desfrutar.
Em frente da Igreja, encontramos um dos palacetes restaurados.Pegado à Igreja está situado o palacete da Santa Casa da Misericórdia, que alberga um museu. Só conheci o pátio interior, motivo para outros temas. Encostado, está há anos, um dos palacetes em ruínas que embora com o cartaz de obras visível, não ata nem desata. Li num blogue da especialidade que será no futuro mais um Hotel.
Do outro lado da rua, um pouco acima, outro palacete em ruínas, com o cartaz das obras bem visível. Confransgedor.
Fazendo esquina com a Rua do Ferraz, outro palacete, não em ruínas mas muito sujo. Alberga um organismo da Fundação da Juventude - mais um entre tantos na cidade - onde não encontrei ninguém. Talvez os Jovens que o utilizem fossem os que estavam na esquina. Pesquisando no espaço da F.J. lamentavelmente nem uma referência histórica a este espaço. É para Jovens e pronto, como diz o meu amigo David.
Um aspecto do Pátio interior. Este palacete conhecido pela Casa da Companhia, foi arrendado e posteriormente comprado a um particular para ser instalada a Real Companhia Geral da Agricultura, (foi assim que li num blogue turístico com fotos de 360º), mas correctamente deve ser chamada Real Companhia Velha, Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, decretada pelo Marquês de Pombal em 1756. Ainda existente. Edifício do séc. XVI/XVII. A história da primeira região demarcada de Vinho do Mundo, não é para aqui chamada.
No edifício nº 28,totalmente recuperado e mais um de entre os belos edifícios desta Rua, regalamos o olhar na Livraria/Alfarrabista Chaminé da Mota, com os seus 4 andares repletos de preciosidades.
Outro regalo para a vista, mais abaixo, numa mercearia tradicional.
Várias marcas em pedra ainda se vêem em alguns edifícios. Talvez tenham a ver com a antiga marcação das pertenças do Bispo e do Cabido. Mas este brasão descobri-o juntinho a um cano de águas (pluviais ?) bem a condizer.
Foi considerada a rua mais rica da Cidade. Existiam imensos ourives e comerciantes de ouro e jóias do lado esquerdo. Do lado direito eram os grandes armazéns de panos. Onde as raparigas casadoiras vinham comprar os enxovais e o ouro que ostentavam nas famosas feiras e romarias de Entre-Douro e Minho. Hoje tanto uns como outros poucos são. Mas as Feiras e Romarias estarão ainda para durar ?
É também esta Rua famosa pelas suas varandas em ferro, uma arte e uma matéria prima que foram muito populares na Cidade. Exemplos como o Mercado Ferreira Borges e o Palácio de Cristal, que um estúpido presidente da Câmara do Porto mandou destruir para implantar o triste cogumelo, em meados do séc. XX, nos Jardins do Palácio de Cristal. Mas o nome ninguém o destroi.
Mas têm de haver contradições aberrantes, mesmo em edifícios recuperados. E ninguém vê. Onde está o PortoVivo ?
Não acredito que este edifício branco fosse assim originalmente. É um estabelecimento de ourives, contrastando feiamente com o conjunto urbanístico, embora o edifício a seguir esteja entaipado. Acho que é moda na Cidade. Não se reforma, entaipa-se. Isso sou eu a dizer. E quem terá autorizado aquelas águas-furtadas ? Mas que fazer ?
Um correr bonito.
Pormenores urbanísticos, na esquina com os Caldeireiros. Do outro lado está Mouzinho da Silveira. Em frente situava-se o primeiro Hospital da Misericórdia, fundado no séc. XVII, com entrada pela Rua dos Caldeireiros. Tema para futura estória.
Uma foto do séc. XIX. O Convento de S. Bento ainda estava em pé na totalidade.
Quási do mesmo local da foto anterior. Ao fundo a Estação de S. Bento
Aqui acaba a velha Rua das Flores, na Praça de Almeida Garrett.
Na Praça de Almeida Garrett, a confluência das Ruas das Flores, à direita, Mouzinho da Silveira ao centro e o início da antiga Avenida da Ponte (cujo nome actual será de D. Afonso Henriques depois de ter sido de Vímara Peres ?) que nos leva até à Sé.
Não podia deixar de haver nesta rua um caso ocorrido no séc. XIX, que foi seguido por todo o País e ainda hoje se mantém duvidoso.
http://dererummundi.blogspot.com/2008/05/o-caso-urbino-de-freitas.html
Porque não li e também não vejo referencias conclusivas se o Eça de Queiróz se inspirou nesta Rua para o seu livro "A Tragédia da Rua das Flores". Se alguém souber, "chute" para aí o comentário.
E pronto, é mais um percurso que recomendo, com coisas boas e más, mas mesmo assim dignas de se sentir a história.