Ano Novo, vida nova. Gostava que a nossa autarquia adoptasse este velho ditado para cumprir com as suas obrigações. A Cidade está triste, abandonada, arruinada. Nem a nova moda da noite, algumas noites, lá para os lados dos Clérigos, (leia-se bêbados, vândalos, arruaceiros de Rua), vem rejuvenescer o que quer que seja.
Nas minhas andanças, não só foquei o que é belo do nosso Porto. Deixei por aqui algumas fotos de aberrações que gostava - gostávamos, os que amam a Cidade - de as ver erradicadas. Para acabar o ano e porque já me sinto de novo cheio de força, aqui ficam mais algumas fotos do mau que temos por cá. Esperando que a partir de amanhã deixem de existir. Porque a Cidade - a autarquia e o seu presidente Rui Rio - parece que vivem apenas para os carrinhos antigos da F1 esquecendo tudo o que nos rodeia. Na Rua Formosa, junto aos antigos Villares - do velho Samarra, promotor das campanhas presidências do General Ramalho Eanes, do extinto PRD, patrão de um jornal do qual já nem lembro o nome tão curta foi a sua duração; e também do F.C.P. -entaiparam as portas e vitrines, que servem para a colagem de toda a espécie de cartazes. No passeio, estacionam durante o dia vários cães na companhia de um cidadão que coloca um cartaz a dizer que vivem na rua. Periòdicamente, lá estão também crias de cães, de variadíssimas espécies. Não sei se para negociar. Um dia desta semana, ainda sem vontade para fotografar, vi uns 4 ou 5 cães bébés, envoltos em cobertores, ao lado de 2 ou 3 cães adultos. Como esta situação já é típica no local, há pelos menos uns 3 anos, será que é perfeitamente legal ? Não será lógico que as entidades sanitárias verifiquem o que se passa ? E como estarão as lojas do edifício ?
Em Sá da Bandeira e Rua Formosa, no edifício dos antigos armazéns da Casa Forte e Lã Maria, entaiparam-se as frentes há uns anos e para ali estão. Do lado da Rua Formosa, ruiu há cerca de um ano todo o edifício. Felizmente não aconteceram danos pessoais. Pura e simplesmente colocaram-se painéis de chapa e uns tijolos e é assunto resolvido. Deste lado, em Sá da Bandeira, o arco também entaipado era a entrada de uma viela na qual, como bem diz o meu presidente Jteix45, havia uma tasca e casas comerciais.
Em Nova Sintra, a caminho da Quinta da China, há uma série de edifícios em ruínas. Os antigos jardins estão cobertos de mato altíssimo, que escondem as placas dizendo que são propriedade camarária. Pobre Câmara que nem pelo seu património olha...
Em Sá da Bandeira e Rua Formosa, no edifício dos antigos armazéns da Casa Forte e Lã Maria, entaiparam-se as frentes há uns anos e para ali estão. Do lado da Rua Formosa, ruiu há cerca de um ano todo o edifício. Felizmente não aconteceram danos pessoais. Pura e simplesmente colocaram-se painéis de chapa e uns tijolos e é assunto resolvido. Deste lado, em Sá da Bandeira, o arco também entaipado era a entrada de uma viela na qual, como bem diz o meu presidente Jteix45, havia uma tasca e casas comerciais.
Em Nova Sintra, a caminho da Quinta da China, há uma série de edifícios em ruínas. Os antigos jardins estão cobertos de mato altíssimo, que escondem as placas dizendo que são propriedade camarária. Pobre Câmara que nem pelo seu património olha...
Na Rua Pinto Bessa há vários edifícios a cair. Este é um deles, junto às várias aberrações edificadas ao longo da rua, quer sejam novas quer tenham já uma dúzia de anos.
Quási chegados à Rua do Bonfim, mais um prédio a cair. Não é de agora. Tem anos que está neste estado, mas claro, vai piorando
No Largo do Moinho de Vento colocaram há uns anitos uns bancos. Óptimo para poleiro de pombas mas não para alguém com coragem se sentar. Também não admira. É zona habitacional destes cagadores por excelência em cima de transeuntes. E território de caça de alguns miúdos. Por ali existem alguns prédios como este, a cair aos poucos. Ainda por cima destoam do arranjo que fizeram nos prédios mais ou menos coincideentes com os que estão voltados para Carlos Alberto.
Ali para os lados da Corticeira/Fontaínhas, ruínas não faltam. Quer sejam ao longo da Alameda, quer na cotas inferiores até ao Rio. Na imagem, os restos da antiga Capela de Santo António, que foi devoto em tempos não muito distantes das gentes desta zona. Mais abaixo, ao fundo da calçada (Carquejeiras/Corticeira) outras ruínas que presumo terem sido da Fábrica da Cortiça.
Segundo li num dos relatórios camarários sobre esta zona, no morro abrem-se fissuras que provocam deslizamentos, logo, insegurança. Oxalá eu não veja o morro das Fontaínhas a cair de vez. Lá se vai o nosso S. João.
Junto ao (ex) Convento de Monchique, existiu um "casa" anexa pertença das freiras, que albergava visitas e/ou viajantes sendo uma fonte de rendimentos para a confraria. Albergou esta casa armazéns - e outras vidas - num dos quais há cerca de um ano lavrou forte incêndio.
Li algures que estava para ali projectado grandioso hotel. Se a memória não me falha, há relativamente pouco tempo, o Sr. Presidente da Câmara mostrou, vaidosamente, vários projectos para toda a zona ribeirinha, entre eles o campeão que previa inclusivé uma ponte pedonal ligando Porto e Gaia. Da Foz até Campanhã seria uma beleza. Onde param esses grandiosos projectos ? O certo é que ao longo da Zona histórica - embora aqui já não o seja - só vemos ruínas. E os camones passeando no rio, ficam deslumbrados.
No início da Rua de S. Pedro de Miragaia, de quem vem das Virtudes e logo a seguir ao Jardim e à Escola que aqui existe, encontra-se esta bela parede que foi de um edifício, presa por arames. Calculo que serão cerca de 30o m2 à espera de cair. Oxalá não chegue a acontecer. Vivem ali pessoas, a escola está muito próxima...
Na velha Miragaia há muita coisa a cair. Ou em vias disso. Mas aqui também nada se ordena.
Na zona do Castelo do Queijo, onde o Parque Ocidental da Cidade se "liga" ao mar, encontramos o velho edifício que já foi colégio - creio que alemão - e também um dos serviços do STCP, ou do seu antecessor. Aos anos que este mamarracho se encontra num miserável estado de degradação, piorando de dia para dia. Lá está afixada uma placa com data de 9.12.2009 autorizando as obras (provàvelmente para um futuro bar, restaurante, casa de espectáculos) com 3 pisos para cima e 1 para baixo e que deveriam estar concluídas 240 dias depois.
Passado mais de um ano, o edifício desfez-se um pouco mais e como é normalíssimo nesta bela Cidade do Porto, couto e feudo do Dr. Rui Rio, nada se concretizou.
Na amada zona da Ribeira, em pleno centro do Barredo, no Largo do Padre Américo, selvagens iluminados pintaram uma cruz suástica na placa que descreve uma mensagem desse grande homem dedicada à gente do Bairro. Esta pintura existe há cerca de 4 anos. Ninguém é capaz de limpar esta porcaria ? E já agora, senhores da Freguesia ou da Câmara, coloquem uns contentores do lixo para evitar os sacos de plástico com o dito que por ali estão espalhados.
Próximo da Lada e dos Canastreiros esta maravilha que deve deixar encantados os turistas que se aventuram pelo interior do Barredo. Aliás nada de mal por aqui se passa, antes pelo contrário, pois é o cheirinho a cerveja reciclada que se encontra na atmosfera e serve como aperitivo antes da degustação nos Bares e Restaurantes que por aqui proliferam.
Falar da zona histórica e património mundial da humanidade é uma coisa que dá cá uma cagança ao portuense de gema. Mas dá raiva também. Quem sobe ou desce por estes cantos só vê ruínas por ruas que deveriam ter um aspecto mais airoso. Todas as cidades velhas, (as que conheço) têm as suas zonas históricas bem tratadas e é agradável passear por elas. Na nossa até trânsito e estacionamentos de automóveis existem. Claro que sou suspeito pois só gosto de andar a pé. No caso da imagem, velhos prédios a caírem, no gaveto de Mouzinho da Silveira e Bainharia.
Na Reboleira, uma das "Casas Góticas" a cair aos poucos. Escreve-se num dos panfletos camarários que tem ainda pormenores do séc. XIV. Nota-se que há muito interesse em preservar essas coisas.
Ainda o edifício da ex-Villares, um pouco mais abaixo em relação à foto anterior e também em época diferente.
A Casa onde nasceu o grande pintor Silva Porto, na Rua da Ponte Nova, entre as Flores e Mouzinho da Silveira. A placa comemorativa está lá afixada na parede e na porta a desfazer-se, uma intimação. Foi há 9 meses.
Uma curiosidade na Rua de Fernandes Tomáz, esquina com Bonjardim. Um edifício com razoável aspecto de conservação exterior, mas com janelas entaipadas. Será que é permitido ? No rês-do-chão, várias lojas comerciais e pensões de sobe-e-desce. Por dentro não sei como está. Mas que é uma aberração, é sem dúvidas.
Muitas outras casas e edifícios públicos se encontram degradados, em ruína ou entaipados. Alguns exemplos deixei aqui ao longo deste ano.
Mas o mais flagrante desleixo e incompetência é o exemplo do Mercado do Bolhão, que depois de tantas mise-en-cenes do nosso (salvo seja) Presidente com imensas soluções grátis para a autarquia, denúncias de contratos e o circo habitual com que nos costuma brindar, para ali está abandonado, com menos de metade de "barracas" das que existiam há meia dúzia de anos. Por mim, assíduo de umas cervejinhas e até de almoços económicos, deixei de lá entrar, a não ser quando me sinto apertado e preciso de descarregar águas. Não vá o diabo ser tendeiro e aquela coisa desabe.
Só por curiosidade: Depois de tanta contestação dos Bloquistas e afins, com recolha de assinaturas e etc. que seguimento e alternativas apresentaram para este espaço ?
Só por curiosidade: Depois de tanta contestação dos Bloquistas e afins, com recolha de assinaturas e etc. que seguimento e alternativas apresentaram para este espaço ?
Tudo boa gente.
Bom Ano caro leitor.
OLA JORGE. Muito bem contado e mostrado. A cidade do Porto está a cair aos poucos e não prevejo infelizmente melhorias. Boas entradas.
ResponderEliminarVilaça
Infelizmente isto é só uma pequena amostra do que está a acontecer á baixa da cidade do Porto, a nossa triste e abandonada cidade.
ResponderEliminarÉ ver ruas inteiras em completa ruína.
Nem sei por que é, e para que serve, ser Património Mundial.
Uma observação: na foto da Rua Sá da Bandeira era a Casa Forte e o arco entaipado era uma viela que dava para a Rua Formosa aonde a dita Casa tinha a loja de desporto, logo a seguir era a Adega dos Combatentes, a Lã Maria ficava na Rua Formosa no edifício que ruiu.
Para completar, a Casa Tamegão, na esquina de cima da rua, também já foi.
Tudo a fechar minha gente e o Porto a mudar...pra pior já basta.
Um abraço e Bom Ano
cumprim/jteix
Perfeitamente. A mensagem chega, Amigo.
ResponderEliminarSe o exemplo vem de "cima" como se diz, com que autoridade se pode fazer cumprir a Lei?
Demonstrado que existem Propriedades da Câmara que deixam a desejar pelo asseio, limpeza e conservação...
Pois, como poderá a mesma exigir dos demais proprietários que façam Obras de Conservação e Limpeza, de acordo com a Lei?
Assim, é um tal deixar cair, pois então.
A Invicta está a ser vencida; certamente deixará de ser Invicta para ser um... monte de destroços.
Os desejos de um ano melhor, ou diferente.
Abraço, do
Santos Oliveira
Ou a Lei só vê por um lado?
Ah, não posso crer que não façam nada!! Isso não pode continuar. O pior é que, em tempos de crise, nem querem saber em arrumar nada. Uma pena. O pior é que não fica só no aspecto feio mas é algo que pode acabar com vida, caso algo desabe.
ResponderEliminarUma pena, realmente. Portugal não merece isso.
Beijocasssssssssss
Vivo na baixa. Próximo à Praça Carlos Alberto. Já vi o Porto muito pior e, todos os dias, vejo novos prédios restaurados e habitados. Mostrar apenas o que está mal pode até parecer um trabalho produtivo. Mas melhor seria mostrar os dois lados. Temos sempre esta mania das desgraças. Nota: o edifício do Largo Moínho de Vento - onde SEMPRE me sento nos banquinho, eu e os meus filhos, pois adoramos aquele largo, o edifício fechou pois vai ser um hotel de charme. Sò dizer mal não adianta nada. Se perguntar a cada um o que fez por melhorar a sua cidade, ficarei talvez a aguardar eternamente pela resposta. Eu tenho feito a minha parte.
ResponderEliminarCarla
Cara Carla
ResponderEliminarProvàvelmente não viu as postagens anteriores. Assim não escreveria que só digo mal da nossa Cidade. Embora hajam edifícios recuperados e a recuperar, averigue como e por quem e a que mãos vão ter.Hoje em dia todos os edifícios em ruínas são para Hoteis. Dizem. Se assim fosse a cidade abarrotaria de camas disponíveis. O que neste momento já acontece. A não ser que hajam outros interesses... Mas para não a levar mais longe, diga-me só aí no Largo Moinho de Vento e em frente ao Carlos Alberto, se todos os edifícios a cair serão para Hoteis.
Fico contente que tenha feito a sua parte. Espero que continue. A bem da Cidade.
Obrigado pela sua visita e pelos comentários. Desejo-lhe um Bom Ano
Provavelmente a D. Carla, só conhece a zona onde vive,pois se fizesse um passeio pela Cidade, verificaria que este trabalho, apenas mostra e bem, uma pequena parte do estado em que a nossa Cidade se encontra. Quando diz que deveriamos ver os 2 lados até concordo consigo, mas infelizmente o lado pior é proporcionalmente maior ao lado bom(?) que refere.
ResponderEliminarNão duvido que tenha feito a sua parte, mas convido-a realmente a fazer um volta por toda a Cidade, para ter noção, se "a parte" que fez realmente contruibuiu para a melhoria da sua Cidade.
Não duvido que o actual presidente ou algum dos anteriores ( sim porque tb tiveram a sua cota parte neste abandono e desregrado em que a Cidade se encontra) volte a ganhar as eleições, pois os Portuenses esquecem quem está sempre presente na discordância destas situações em que a Cidade se encontra e que luta pelo seu melhor.
Relativamente aos projectos que foram falados para a requalificação da frente ribeirinha, entre eles a tal ponte pedonal, fizeram parte de um concurso para o qual foram destinados cerca de 130 milhões de euros da UE para o QREN que se destinavam a dinamização da zona Norte do país e que foram vergonhosamente desviados para Lisboa pelo sr. eng. José Socrates para os ditos PINs que só se fazem lá por baixo. Sim, porque tudo o que se faz em Lisboa, é projecto de interesse nacional. E ainda assim é a câmara mais endividada do país...
ResponderEliminarO presidente da Câmara, que tanto criticou, tentou por todos os meios disponíveis reaver este dinheiro, entre eles a apresentação de uma queixa em Bruxelas, que aparente não deu em nada porque o dinheiro já se encontrava algures nas Ilhas Caimão, e que serviu para um belo fundo universitário e residência em Paris.
E quanto aos hotéis, mais vale um hotel que um edifício em ruína. Digo eu... E com o boom de turismo recente no porto, talvez mais hotéis não seja assim tão mau, especialmente quando a habitação não se vende.
Caro anónimo.
EliminarSe calhar até tem razão. Por acaso, talvez por ignorância, não li nada sobre as Ilhas Caimão, e as queixas em Bruxelas. Deve ter ficado tudo muito sigilioso a troco de algo. Não sei. Mas sei que foi dado muito enfase aos 2. milhões que eram (ou são, não sei se foram pagos) por dívida do Estado a essa coisa chamada Porto Vivo, ou Coisa parecida.
Porto Vivo que recuperou umas casas ali para o Corpo da Guarda e as colocou a preços exorbitantes. Segundo me parece, continuam vazias.
Claro que estou de acordo que se venda património. É preciso dinheiro para automóveis, aviões, e essas coisas importantes. E é ir buscá-lo onde o houver. Aliás temos ainda muito património para vender e/ ou alugar: A Torre dos Clérigos, as Pontes e são 6 (que jeito fazia dividir o cacau com Gaia), a Avenida dos Aliados mais o edifício das candidaturas a desfazer-se (antiga Pensão Monumental) etc.
Por acaso hoje desci um pouco Santa Catarina e o Bonjardim. Duas ruas com muitos edifícios excelentes para se imaginar por ex. que passou por cá uma guerra tipo Liberais-Absolutistas. E fazer um roteiro turístico. Que até nem seria longo.
Na realidade precisamos de hóteis. Mas continuo a encaminhar os meus amigos para os velhinhos. Não têm dinheiro para utilizar os Palácios das Cardosas nem o do Freixo. O que, diga-se de passagem, lamento muito. Ao preço porque foram rifados, era digno de um descontinho para amigos.
Um abração e comente sempre amigo anónimo.
Tudo á moda do deixar andar. Vergonha!
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