Gosto desde há muito olhar a montra da Garrafeira dos Clérigos e a Torre nela reflectida. E claro as delícias que costumam ter expostas.
Olhar não come bocado nem se paga por isso.
Presumo que este vinho está a viver uma especulação perigosa. Para os ricaços até deve ser fino pagar o preço exposto por um Pera Manca 2011 mesmo que só bebam coca-cola com uma Francesinha.
Li no blogue Mesa Marcada em publicação de Novembro do ano passado e no dia de S. Martinho, aquando da promoção e lançamento do Vinho na Adega do Produtor em Évora, (com almoço e muito mais, digo eu) uma reportagem que incluía a pergunta do autor se "daria 150 euros por uma garrafa de Pera Manca 2011".
O preço subiu 50% em relação à colheita de 2010, sabendo-se que 2011 foi um ano extraordinário em vinhos por todo o País, tanto em qualidade como em quantidade, provavelmente o melhor das últimas décadas. Ilógico a subida do preço ? Responda quem sabe.
Diz o jornalista que dava, sim, os 150 € por garrafa. Sabendo-se que nas lojas aumenta rapidamente, até daria muito mais. Sem dúvida uma boa promoção jornalística, contra-partida, penso eu, tipo "não há almoços grátis".
4 meses depois, aí temos a resposta. Para um vinho com 15% de álcool, originário de uma terra de vinhos pesados, mas com uma frescura inesperada segundo o autor, quem dará 285 € por este vinho ?
Será mesmo excelente, qualquer coisa como do outro mundo que o tenha levado a atingir este preço em 4 meses ?
Será mesmo excelente, qualquer coisa como do outro mundo que o tenha levado a atingir este preço em 4 meses ?
Como sou muito curioso, entrei e fui perguntar se me arranjariam três caixas caso necessitasse para a Páscoa. Resposta: Mais que sejam, poderá demorar um dia a entregar, mas sem dúvida que se arranjam.
Uma informação aos amigos Brasileiros: Está esgotado no Brasil, mas o distribuidor pode ser contactado.
Encomendas pela net através da Garrafeira Nacional está disponível neste momento a 219,50 €. O mais barato que encontrei. Mas na Loja net Costas & Oliveira vende-se a 327,47€ Pera Manca sem ano de referência
Estão a tentar arranjar uma estrangeirinha com o vinho e com o azeite, obrigando-nos a abdicar dos produtos nacionais. Bastou no princípio do ano passado umas bocas soltadas aqui e ali sobre a produção do azeite, para que subisse cerca de 30% de imediato. Um roubo, sabendo-se que não há falta de azeite nacional. Quem está a ganhar com estas campanhas ? E depois queixam-se que vamos comprar aos espanhóis ? A mim não me preocupa particularmente. Até sei e sabe muita gente, que grandes marcas ditas nacionais vão comprar môstos aos espanhóis.
E este ano - o que findou - foi boa a campanha do Azeite ou não ?.
Caminhando no sentido da antiga Cadeia, senti que faltava algo no passeio.
Faltavam as frutas e legumes à porta da Casa Oriental. E os clientes e os curiosos.Acho que a Casa Oriental ainda o sendo, já não o é. Quer dizer, é, mas não é. Esta foto tem talvez uns 3 anos.
Convidado a entrar, fui ver o interior da nova casa, uma autentica gourmeterie, com moveis novos a imitar estilos antigos, mas muito bonitos.
Sem dúvida uma decoração espectacular, com boa variedade de produtos para venda. Esta foto foi de propósito para mais tarde recordar.
Mas mantêm-se à venda os velhos produtos.
Ao fundo, dois recantos bem decorados e organizados onde o Bacalhau mantém a tradição. Uma curiosidade e também informação. As caras e línguas do Bacalhau são secas e não frigorificadas. E compra-se a quantidade que quiser.
E soube a última novidade. A casa ao lado, há muito fechada, vai receber os novos pasteis de bacalhau.
Os tais com Queijo da Serra que os turistas estão a comer em Lisboa como coisa típica.
A pequena cobertura da entrada já tem o nome gravado. E eu deixei a minha opinião. Não quer dizer que não os prove, quando mais não seja para sentir o paladar.
Uma surpresa no largo em frente à Cadeia, o nome toponímico não interessa para o caso (sei que o J. Teixeira vai dizer-nos como se chama). Uma tenda enorme que em princípio pensei ser de venda de artesanato influenciado pela quantidade de coisinhas que se vêm a vender em qualquer canto e em qualquer barraca. Por sinal estava uma na Praça D. João I.
Era artesanato sim mas de comer.
Valeu a pena a entrada, pois nunca me canso de ver, sentir e divulgar este artesanato.Uma foto dedicada especialmente às minhas amigas brasileiras que me perguntam o que é fumeiro, o que são enchidos, o que são chouriços, morcelas, salpicão, etc.
Então está aqui um pequeno exemplo.
Só uma coisa: Presunto não é toucinho fumado, nem bacon, nem presunto americano, nem Ham. Qualquer semelhança é pura desilusão.
Recordações boas de Vila Flor, mas também uma má, porque foi nesta linda Terra que a minha máquina avariou. Felizmente ainda deu para fazer mais Trás-os-Montes e Douro com desfoque do lado direito até à avaria final, já na Estação da Régua.
É nestes momentos que fico triste por andar sozinho. Mas paciência e uma prova de chouriço com um copinho tinto aguenta-se sempre, principalmente se é ofertado por uma linda moreninha transmontana.
Vi Azeite Transmontano e Duriense à venda, ao mesmo preço do dos últimos anos.
E para quem quer saber como eu quis, a verdadeira francesinha em forno de lenha é assim confeccionada. Afirmo que fica muito saborosa.Se bem se lembrão os meus queridos e queridas visitantes o passeio continuou pela Rua de S. Bento da Vitória, depois Taipas e a seguir S. João Novo e por aí abaixo.
Últimamente só se fala na abertura de novas tascas espalhadas em tudo quanto é rua, travessa, viela. Pois bem, em S. Bento duas fechadas. A não ser que os feriados e/ou os horários tenham influencia.
Mas outras estão abertas, noutras ruas, mas talvez pela hora em que passei, sem clientes.
Fixei só estas duas, que o espaço é caro.
O Fado já sabemos, abre só à noite. Mas também faz almoços para grupos. O Artur Almeida estudará propostas venham elas de onde vierem.
Um cantinho amoroso.
O resto do dia de Quinta-feira Santa não interessa para nada saberem como acabou. Também já não me lembro.
O corrector de erros não funciona. Lamento se passar algum o que a acontecer pedirei desculpas.
Aqui tenta-se escrever segundo a ortografia antiga.
ResponderEliminarMais uma das muitas maravilhas que publicas - Parabéns-
Beijinhos
Embora tenha gostado muito dos outros temas, a gastronomia me encanta muito e acompanho tudo que posso pelo mundo. E de Portugal é uma delícia de pratos...Um trabalho muito bom e, mais uma vez, de parabéns, o amigo! Abraços
ResponderEliminarMuito bom! Parabéns!
ResponderEliminarApenas um reparo: Devias ter avisado para te ajudar a fazer essa via-sacra. Olha que até o teria feito com todo o prazer. É que o jejum estava marcado para a sexta-feira.
Grande abraço
José Ferreira
Como sempre um trabalho interessante, onde os comentários do amigo, chamam nossa atenção para os pormenores, com leve toque de humor e sinceridade. Mais uma vez obrigada, por nos dar a opotunidade de conhecer um pouco mais sobre sua cidade. Parabéns e um afetuoso abraço!
ResponderEliminarUm trabalho de excelência. Parabéns
ResponderEliminarGrande trabalho que só poderia ser feito pelo grande Jorge Portojo! Parabéns amigo! Este seu trabalho é para guardar religiosamente ou não fosse feito na Semana SANTA!! Um ABRAÇO!
ResponderEliminarParabéns Jorge por estas maravilhas mostradas nesta maravilhosa reportagem. Um abraço.
ResponderEliminarÉ de "fazer crescer água na boca" ao olhar estas chouriças, queijos, doçarias, presuntos (para os brasileiros isso é o nosso fiambre...). Quanto aos vinhos, acertasse eu no Euro Milhões e então compraria esses "Pera Manca", "Barca Velha" e outros quejandos. Assim, fico-me com os "Douro/Alentejo" desde que não ultrapassem os 2 € por garrafa...
ResponderEliminarParabéns ao meu amigo Portojo por nos brindar com estas iguarias na quinta-feira Santa.
O meu abraço,
Manuel Tomaz
É um grato prazer acompanhar os teus percursos, nas vielas e calçadas ou nas lojas de bens, que nos animam por dentro. Os olhos e as bocas ficam cheios de bons olhares e sabores. Bem hajas. Abraço
ResponderEliminarSempre diferente,o Sr.o jorge Portojo.Me faz ver o quanto sou simples.Mas mesmo sendo assim simples, me faz sentir especial.Viajando nos mesmos caminhos.
ResponderEliminarObrigado pela referência, amigo, muito embora eu saiba que tu sabes que é o "Largo Amor de Perdição", ou não saibas tu que é o largo aonde o Camilo está a apalpar as nalgas à Ana Plácido depois de sair da pildra. Um abraço que vou ali e já venho depois de beber um bom copo de "água", já não posso com tanto "chouriço" à solta e vinho tinto ao preço da "uva mijona".
ResponderEliminarcumprim/jteix
muito boa seleção de fotos dessas lojas bonitas e saborosas :)para
ResponderEliminarviajar e provar !
Angela